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Para derrubar denúncia, Temer deve redistribuir cargos do PSDB para o Centrão

13.jul.2017 - Michel Temer durante a sanção da reforma trabalhista, em Brasília - Edu Andrade/Estadão Conteúdo
13.jul.2017 - Michel Temer durante a sanção da reforma trabalhista, em Brasília Imagem: Edu Andrade/Estadão Conteúdo

Carla Araújo e Isadora Peron

Brasília

13/07/2017 17h39Atualizada em 13/07/2017 18h25

O presidente Michel Temer deve ampliar o espaço dos partidos do chamado no Centrão no governo como retribuição ao apoio que recebeu na tentativa de derrubar a denúncia da Procuradoria-Geral da República na Câmara. A negociação tem sido em torno principalmente de dois ministérios hoje ocupados pelo PSDB: Cidades e a Secretaria de Governo.

Nesta semana, PP, PR, PSD e PR fecharam questão para votarem pelo não seguimento da denúncia contra Temer. Por outro lado o PSDB, até agora principal aliado do governo, liberou a bancada e tem ameaçado deixar o governo.

Durante as negociações com o Palácio do Planalto, integrantes do Centrão manifestaram desejo de ocupar essas pastas. Dois desses partidos, PP e PSD, já comandaram o Ministério das Cidades. A pasta, que tem um orçamento robusto e muita capilaridade nos municípios, é vista como um trunfo diante da proximidade das eleições de 2018.

A Secretaria de Governo também interessa ao grupo porque o ministro tem a caneta na mão para liberar o pagamento das emendas parlamentares.

Uma eventual substituição, porém, é prevista apenas para depois da votação da primeira denúncia, que pode acontecer somente em agosto. Juntos, os quatro partidos que manifestaram apoio a Temer mais o PMDB, somam 185 votos, o suficiente para barrar o seguimento da investi

Além do Ministério das Cidades e da Secretaria de Governo, o PSDB também ocupa hoje os ministérios das Relações Exteriores e Direitos Humanos. Há ainda outras duas pastas vagas na Esplanada: Cultura e Transparência.