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PMDB ou DEM? Após encontro com Temer, descontentes do PSB se reúnem com Maia

DEM, de Maia (e), e PMDB, de Temer (d), estão disputando os dissidentes do PSB - Igo Estrela/Folhapress
DEM, de Maia (e), e PMDB, de Temer (d), estão disputando os dissidentes do PSB Imagem: Igo Estrela/Folhapress

Igor Gadelha

Brasília

18/07/2017 15h28

O deputado Danilo Forte (PSB-CE) esteve reunido na manhã desta terça-feira (18) com Rodrigo Maia (DEM-RJ) na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília, para discutir a possível migração de deputados do PSB para o DEM. Além dele, participaram do encontro parlamentares do DEM, como Pauderney Avelino (AM), e do PSB, como a líder do partido na Câmara, deputada Tereza Cristina (MS). Mais cedo, a líder pessebista esteve com o presidente Michel Temer, que tenta conter a debandada e fortalecimento do partido de Maia, que é o primeiro da linha sucessória da Presidência.

Como antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo em junho, o encontro faz parte da tentativa de Maia angariar parte da bancada para o DEM. Segundo Forte, o convite para a reunião partiu do próprio presidente da Câmara para aos deputados do PSB descontentes com a direção nacional, que somam entre 16 e 18 parlamentares, para discutir a possível migração deles para o DEM. As conversas já acontecem desde o primeiro semestre deste ano. "O momento é oportuno para aglutinar forças que pensam de forma semelhante", afirmou Forte.

De acordo com o pessebista, os dissidentes do partido e o DEM discutem a elaboração de um novo programa partidário, além de uma possível mudança do nome do DEM. Caso a mudança de nome se confirme, será a segunda vez que o DEM faz isso. Até 2008, a legenda se chamava PFL (Partido da Frente Liberal).

Reforma

Na saída do encontro, Forte disse a jornalistas que há um acordo entre lideranças da base aliada e da oposição para que a reforma política antecipe, de março de 2018 para setembro ou outubro deste ano, a janela que permite parlamentares mudarem de partido sem risco de perderem o mandato. Segundo ele, há um "inconformismo muito grande" por parte de vários deputados da base e da oposição com as atuais legendas às quais estão filiados. O projeto será votado a partir de agosto pelo Congresso Nacional.

"A reforma política vai antecipar para setembro ou outubro a janela. Há um inconformismo muito grande tanto em bancadas da base aliada quanto da oposição", afirmou Forte em entrevista, logo após participar de reunião nesta manhã na residência oficial de Maia, em Brasília.