Fachin manda soltar advogado suspeito de ser aliado de Geddel
Fachin determinou que Ferraz permaneça em regime domiciliar e pague fiança estimada em 100 salários mínimos, segundo apurou a reportagem.
A Polícia Federal encontrou digitais de Ferraz em uma parte do material achado no apartamento em Salvador.
À PF, Gustavo Ferraz disse que em 2012 recebeu dinheiro em espécie em São Paulo, destinado a Geddel. Ele presumiu que o dinheiro seria destinado a campanhas do PMDB da Bahia. À Polícia, o advogado afirmou que "se sentiu traído por Geddel, por ele ter ficado com o dinheiro que serviria para ajudar a campanha de inúmeros candidatos do PMDB nas eleições de 2012 da Bahia".
O advogado afirma que conheceu Geddel Vieira Lima e o deputado e irmão do ex-ministro, Lúcio Vieira Lima, no fim de 2009. Em 2012, o advogado teria recebido uma mensagem de texto de Geddel pedindo para levar a Salvador uma contribuição de campanha. Na época, segundo Gustavo Ferraz, o peemedebista disse que o dinheiro seria usado para campanhas de prefeitos e vereadores na Bahia.
No depoimento, Gustavo Ferraz diz não ter detalhes sobre o local e a pessoa que entregou a ele o dinheiro. Ele se dirigiu a um hotel em São Paulo, de lá caminhou algumas quadras até um escritório sem identificação e recebeu uma mala. Segundo disse à PF, em nenhum momento abriu a mala, mas percebeu que se tratava de uma grande quantia de dinheiro. "Que ficou até com medo, pois achou que seria um valor de contribuição pequeno e, pelo peso e tamanho da mala, percebeu que seria um valor alto ou maior do que imagina", consta do termo de depoimento de Ferraz.
Um motorista levou o enviado por Geddel ao aeroporto de Congonhas e, de lá, o advogado pegou um voo privado a Salvador. Ele disse que não recebeu valores para prestar o serviço e levou os valores na casa do ex-ministro na Bahia. O advogado ajudou Geddel a tirar os pacotes plásticos com dinheiro. Segundo ele, eram pacotes com nota de R$ 100 e R$ 50, mas ele não soube dizer aos investigadores a quantia total de dinheiro.
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