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'Eu não pedi a cabeça do ministro', diz Rodrigo Maia sobre Torquato

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Kleyton Amorim - 26.out.2016/UOL
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Imagem: Kleyton Amorim - 26.out.2016/UOL

Célia Froufe, enviada especial

Lisboa

03/11/2017 18h21

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou botar panos quentes no debate que travou pela imprensa com o ministro da Justiça, Torquato Jardim. "Eu não pedi a cabeça do ministro. Fiz uma crítica ao que o ministro falou", disse a jornalistas após participar do Seminário Internacional de Direito do Trabalho, realizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

Na quarta-feira (1º), Maia cobrou que Torquato apresentasse provas sobre as "graves acusações" contra o comando da segurança pública no Estado do Rio. O ministro disse que a polícia militar do Estado não possui comando e que há muitos oficiais de altas patentes envolvidos com o crime organizado. Disse ainda que toda essa situação é do conhecimento do governo.

"Acho que ali dentro tem muita verdade, mas não sei se é uma verdade que deveria estar na imprensa. Não sei se ela deveria estar restrita aos órgãos de investigação da esfera federal para que a gente possa desmontar essa vinculação que possa existir entre parte da polícia e o crime organizado", defendeu o presidente da Câmara.

Para Maia, a postura de Torquato poderia até caber bem se ele fosse um analista, e não um membro do governo. O presidente da República, Michel Temer, teria pedido para que o ministro não revidasse as críticas feitas pelo presidente da Câmara, de acordo com o Broadcast.

"Acho que se ele fosse analista, se ele fosse professor da PUC ou da UFRJ, seria uma ótima entrevista. Um diagnóstico até com muitos acertos. Mas quando vai para a imprensa, eu não sei o que os órgãos de inteligência estão trabalhando nesta linha. Talvez eles tenham sido prejudicados. Essa foi minha crítica. Nada além disso", minimizou.