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Gilmar Mendes defende nova discussão sobre delações premiadas

27.nov.2017 - Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), participa de evento promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo - NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
27.nov.2017 - Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), participa de evento promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo Imagem: NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Breno Pires e Rafael Moraes Moura

Brasília

01/12/2017 14h12

O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu nesta sexta-feira, 1º de dezembro, uma nova discussão e uma uniformização a respeito de como deve proceder o juiz diante de pedidos de homologação de decisão premiada.

O ministro destacou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que informou à Procuradoria-Geral da República necessidade de ajuste de cláusulas, para que pudesse ser homologada a delação do marqueteiro Renato Pereira, que revelou irregularidades nas últimas campanhas eleitorais do PMDB no município do Rio de Janeiro e no Estado do Rio de Janeiro. Para Gilmar, a revisão dos procedimentos é inevitável.

"As colaborações premiadas são extremamente importantes, são relevantes e isso está provado, acho que é inegável. Agora, elas também vêm tendo problemas. E isso também parece inegável. Uma série de questionamentos. Recentemente, o ministro Lewandowski, em um despacho bastante fundamentado, apontou problemas que precisamos discutir", disse Gilmar Mendes, em evento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o teste de segurança do sistema eletrônico de votação para 2018.

"Eu acho inevitável que nós façamos uma revisão desses procedimentos e façamos uma uniformização no âmbito do STF, porque estamos correndo o risco de que cada ministro decida de uma forma essa temática, então é preciso que haja uma uniformização, e isso se coloca para o Brasil todo", completou a análise o ministro.

Questionado sobre se as delações da JBS correm risco de serem anuladas, o ministro disse que não sabe. "Não tenho a menor ideia."