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TSE pede ao Planalto que horário de verão comece em novembro em 2018

Presidente do TSE, Gilmar Mendes (e), já conversou sobre o tema com o presidente Michel Temer - Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente do TSE, Gilmar Mendes (e), já conversou sobre o tema com o presidente Michel Temer Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Breno Pires

Brasília

01/12/2017 16h12

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) defendeu, em manifestação ao presidente Michel Temer, que não haja horário de verão no mês de outubro de 2018, como forma de viabilizar a realização das eleições gerais no mesmo horário em todo território nacional.

O motivo, segundo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, é evitar a demora para o resultado final das eleições devido a diferentes fusos horários nacionais, como por exemplo, no Estado do Acre. A situação aconteceu em 2014.

"Já houve manifestação formal perante o presidente, conversei com o ministro de Minas e Energia (Fernando Coelho Filho) e estamos discutindo este tema", disse Gilmar Mendes, que lembrou que o governo federal já estudou eliminar o horário de verão neste ano e poderá discutir o tema ano que vem.

Gilmar disse também que o plano do TSE é iniciar as eleições às 8h no horário de Brasília.

"Se tivermos horário de verão no ano que vem que se faça a partir de novembro para que não se tenha essa diferença. E aí começaríamos na mesma hora de Brasília e encerraríamos a mesma hora. Temos o Acre, o Amazonas. Mas é insuportável para eles se nós tivermos a diferença de 3 horas, fazê-lo. Esse é o problema que ocorre em eleições bastante disputadas", disse Gilmar Mendes.

Mendes disse que o tribunal errou em esperar o resultado do Acre para fazer o anúncio do resultado final das eleições presidenciais em 2014 no segundo turno, em que Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB). Segundo ele, isso gerou questionamentos.

"O que houve nas eleições de 2014 e eu já fiz um mea-culpa. Estamos tentando sanar esse problema. O que houve foi que em relação ao Acre decidimos retardar a decisão para encerrar as eleições do Acre. Quando o Brasil todo tinha expectativas, contabilidade, e no final houve reversão de expectativa em relação às eleições. Houve erro nosso, e criou-se essa lenda urbana de que poderia ter havido manipulação de eleição."