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Operação mobiliza 3 mil agentes, mas não prende suspeitos de matar delegado no Rio

18.jan.2018 - Agentes das polícias Civil e Militar do Rio, além de integrantes das Forças Armadas e da Polícia Federal, fazem operação nas comunidades de Jacaré, Mandela, Arará e Manguinhos, na zona norte da cidade - WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
18.jan.2018 - Agentes das polícias Civil e Militar do Rio, além de integrantes das Forças Armadas e da Polícia Federal, fazem operação nas comunidades de Jacaré, Mandela, Arará e Manguinhos, na zona norte da cidade Imagem: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Constança Rezende

Rio de Janeiro

18/01/2018 18h32

A operação integrada das Forças Armadas e das Polícias Civil, Militar e Federal, desencadeada nesta quinta-feira (18), não conseguiu prender suspeitos de matar o delegado Fabio Monteiro.

Pelo menos 12 pessoas foram presas e conduzidas à Cidade da Polícia, central de delegacias especializadas no Rio. Nenhuma, porém, foi identificada como envolvida no assassinato do policial. Até o fim da tarde, não havia informações sobre armas apreendidas, mas os policiais encontraram drogas e explosivos.

O delegado Marcus Amim, da Delegacia de Homicídios de Niterói, reconheceu em entrevista à Rede Globo que a notícia de que haveria operação vazou. Disse, contudo, que isso não atrapalhou os seus objetivos, de reconhecimento e coleta de informações. Admitiu, porém, que houve prejuízo aos resultados.

A ação, depois do quarto dia consecutivo de tiroteio no Jacarezinho, na zona norte do Rio, mobilizou pelo menos 3 mil agentes. As favelas do Jacarezinho, Arará, Mandela e Manguinhos tiveram seus acessos bloqueados pelos militares.

A mobilização começou às 5h e foi acompanhada pela cúpula da polícia no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, na região central da capital fluminense. O espaço aéreo das comunidades foi vetado para aeronaves civis. No Jacarezinho, tonéis cheios de concreto, encravados no solo com trilhos, bloqueavam vias. Foram removidos por militares, com o auxílio de escavadeiras. Elas também foram usadas para desbloquear passagens que estavam cheias de lixo.

Os agentes conseguiram mandado de busca coletivo que lhes permitiu revistar várias casas. As apreensões ocorreram em algumas delas e em pelo menos um carro.