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Jucá: Situação do Rio e outros Estados 'pesa muito' na criação de ministério da Segurança

Senador Romero Jucá (PMDB-RR) - Luis Nova - 7.jun.2016/Framephoto/Estadão Conteúdo
Senador Romero Jucá (PMDB-RR) Imagem: Luis Nova - 7.jun.2016/Framephoto/Estadão Conteúdo

Julia Lindner

Brasília

15/02/2018 16h34

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), afirmou nesta quinta-feira (15) que a criação do Ministério para Segurança Pública está "em análise" e que o presidente Michel Temer está "debruçado sobre o tema com muita responsabilidade e foco". Segundo ele, Temer avalia se há "custo" e "prazo" suficientes para isso.

"Tem pouco tempo de governo, mas em compensação a emergência do caso é algo gritante, então está sendo discutido", declarou Jucá à imprensa. Ele negou que a pasta possa servir como forma de esvaziar o Ministério da Justiça, como tem sido apontado. A Polícia Federal, hoje subordinada ao MJ, seria transferida para o ministério extraordinário.

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Jucá também disse que as declarações do diretor-geral da PF, Fernando Segovia, indicando que o inquérito contra Temer deveria ser arquivado, no último final de semana, não têm "nada a ver" com a eventual criação do ministério. "Isso já estava sendo discutido antes", defendeu.

Ele considera que o ministério serviria como "instrumento que ajuda a coordenar ações" de Estados e municípios. "É uma opção, mas não está batido o martelo ainda. O Ministério da Justiça trata de muitos assuntos e essa questão da segurança é específica."

O líder do governo disse que a situação do Rio de Janeiro e de outros Estados "pesa muito" para a decisão. "Em todo canto está tendo problemas de segurança."

Ele avalia que a criação da pasta poderia melhorar a atuação do governo, e consequentemente, sua imagem. "Mas o governo não vai fazer isso para melhorar a imagem, e sim para melhorar sua atuação e a situação da população. O maior drama das cidades hoje é a segurança", ponderou.