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'Me senti refém no meu próprio condomínio', diz moradora do Solaris

Luis Cleber/Estadão Conteúdo
Imagem: Luis Cleber/Estadão Conteúdo

Rafael Cicconi, especial para a AE

Guarujá

16/04/2018 13h25

A ocupação do triplex do edifício Solaris, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, trouxe tensão e medo aos moradores do condomínio na manhã desta segunda-feira, 16. É o que afirma a moradora Renata Simões, que vive em um dos apartamentos no local.

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Renata conta que por volta das 8h30, cerca de 40 manifestantes invadiram o prédio, que fica localizado no Guarujá (SP), quebrando um dos portões na hora que saía para trabalhar. Ela afirma que viu repórteres e manifestantes adentrando o prédio arrombando o portão da garagem e pulando as grades de proteção do edifício.

"Tirei foto de todos eles e estou indo para a delegacia denunciar. Estou com medo dentro da minha própria casa. Eles não estão no apartamento do Lula, eles invadiram um condomínio que é de várias pessoas. Têm de sair daqui algemados", declarou Renata enquanto deixava o prédio acompanhada por policiais com destino à delegacia.

Integrantes do MTST entram no tríplex do Guarujá

TV Folha

A ocupação do triplex foi uma forma de manifesto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento o Povo Sem Medo e do PSOL. De acordo com um dos coordenadores do MTST Josué Rocha, a ação foi pacífica e planejada, mas ele não comentou como foi feita a entrada dos manifestantes no condomínio.

O grupo, com aproximadamente 30 pessoas, permaneceu no local por cerca de duas horas. Pouco depois de invadirem, os manifestantes penduraram bandeiras na varanda do tríplex com vista para o mar. "Se é do Lula, é nosso. Se não é, por que prendeu?", questionava uma das faixas.