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Três pessoas são investigadas por suspeita de envolvimento em assalto a ônibus

Felipe Resk e Jéssica Otoboni

Em São Paulo

20/04/2018 13h06

Três pessoas são investigadas por suspeita de participar do arrastão que deixou três pessoas mortas e feriu outras quatro em um tiroteio dentro de um ônibus intermunicipal no Jabaquara, na zona sul de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, dois assaltantes participaram da ação e um deles morreu no confronto.

Dois suspeitos foram conduzidos ao 26° Distrito Policial (Sacomã) no mesmo dia. Um estudante de 22 anos foi detido após o Bilhete Único dele ser encontrado com o criminoso morto. Aos policiais, ele disse que conhecia Sousa e que havia emprestado o cartão.

Na manhã desta sexta, a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre um suspeito em Diadema, no ABC. Os agentes foram até a casa dele, onde encontraram uma camiseta e uma bermuda com marcas de sangue.

Todos os suspeitos negam participação no crime, mas continuam detidos na delegacia. Até a publicação desta matéria, nenhuma testemunha reconheceu categoricamente algum dos três.

A Polícia Civil pediu exame residuográfico no terceiro investigado, após uma testemunha indicar, sem certeza, que ele pode ser o assaltante que atirou na porta do ônibus. Também será examinado o sangue encontrado nas roupas para descobrir se é de alguma vítima.

Os investigadores ainda apreenderam uma pistola calibre 380, que pertencia ao PM, e um revólver 38, que estava em posse do suspeito. Segundo a Polícia Civil, Sousa tinha passagem por roubo e receptação.

O caso foi registrado no 26º Distrito Policial (Sacomã) e transferido para o 97° DP (Americanópolis), onde foi instaurado o inquérito.

Quem são os mortos

O ataque aconteceu por volta das 16h desta quinta-feira (19), na avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira. O estudante Felipe Fuschi Amaro, 23, o policial militar Elton Ricardo Cunha, 38, e o suspeito Damião Barbosa Sousa, 32 - que foi reconhecido pelo motorista do veículo -, morreram durante a ação.

Segundo o Boletim de Ocorrência da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), divulgado nesta sexta-feira (20), Felipe Amaro chegou a ser encaminhado ao Hospital Saboya, mas não resistiu aos ferimentos.

Cunha morreu no Hospital Serraria, em Diadema. Sousa faleceu no local do assalto e seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) Sul da capital.

Uma mulher, cuja família quis preservar a identidade, ficou ferida e permanece internada em estado estável no Hospital Saboya, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. As imagens do interior do ônibus ainda estão sendo avaliadas pelas autoridades.