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'Quem sofre uma injustiça não fica bem', diz Bebianno

Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência - Walterson Rosa/Folhapress
Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência Imagem: Walterson Rosa/Folhapress

Dida Sampaio

Em Brasília

18/02/2019 08h36

Era um homem abatido. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, deixou no começo da tarde de ontem o hotel em que reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na Asa Sul, no Plano Piloto.

Na saída, Bebianno relatou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que ainda tenta "equalizar" todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do país. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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