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Em evento evangélico, Bolsonaro diz que Brasil segue versículo da Bíblia na ONU

Um pastor evangélico prega ao lado de Bolsonaro, o presidente do senado, Davi Alcolumbre, o pastor Silas Malafaia e o presidente do STF, Dias Toffoli - Mauro Pimentel/AFP
Um pastor evangélico prega ao lado de Bolsonaro, o presidente do senado, Davi Alcolumbre, o pastor Silas Malafaia e o presidente do STF, Dias Toffoli Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Denise Luna e Constança Rezende

Rio

11/04/2019 18h08

O presidente Jair Bolsonaro citou nesta quinta-feira (11) um versículo da Bíblia para definir como estão sendo feitas as votações do Brasil na ONU nas questões de direitos humanos. Segundo ele, a partir do seu governo, o País segue o versículo João 8:32, um dos mais usados pelo político desde a campanha, que diz: "E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará".

"Nós não fugimos a tradição nenhuma. Nós passamos a votar lá na ONU, nas questões dos direitos humanos, de acordo com João 8:32. E, de acordo com a verdade, então, por coincidência, passamos a votar juntos com Estados Unidos e Israel, além de outros países", disse a uma plateia de mais de 100 evangélicos liderados pelo pastor Silas Malafaia, em um hotel de luxo na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Bolsonaro sempre deixou clara sua posição em relação a Israel, defendendo a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém. No encontro, ele reafirmou a intenção de cumprir o compromisso assumido em campanha, mas não definiu nenhuma data.

Ele lembrou, emocionado, que durante a pré-campanha eleitoral foi a Israel com os três filhos políticos - Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)-, e aproveitou para criticar novamente a mídia, que segundo ele, tenta separá-los da sua convivência. "Muitos teimam em afastar de mim, mas ninguém afasta o filho do pai ou o pai do filho", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que ganhou a eleição "quase que por um milagre", e que esse milagre para ele é uma missão de Deus. "Essa missão, com os senhores e com o povo de bem do Brasil, nós a cumpriremos e o Brasil chegará sim, a um porto seguro", afirmou.