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Primeiro celular invadido teria sido de promotor de Araraquara

Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", um dos presos sob suspeita de hackear o celular do ministro Sergio Moro - Mateus Bonomi/Folhapress
Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", um dos presos sob suspeita de hackear o celular do ministro Sergio Moro Imagem: Mateus Bonomi/Folhapress

Patrik Camporez e Renato Onofre

Brasília

25/07/2019 15h51

A primeira vítima de Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", preso na terça-feira (23), suspeito de invadir celulares de autoridades foi um promotor de Araraquara Marcel Zanin Bombardi.

"Vermelho", segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, disse que, a partir dos contatos do aparelho do promotor, teve acesso a outros números de autoridades.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, a PF diz que "Vermelho" afirmou aos investigadores da Operação Spoofing ter dado acesso ao jornalista Glenn Greenwald as informações capturadas do aplicativo Telegram.

De acordo com fontes ouvidas, Walter disse que não pediu nenhuma contrapartida financeira para repassar as informações ao jornalista.

A defesa de Glenn, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas".

A invasão ao celular do promotor de Araraquara teria como motivação o fato de "Vermelho" ter sido denunciado por ele, em 2015, em um caso envolvendo tráfico de drogas.

Além de Walter, outras três pessoas estão presas em Brasília suspeitas de participarem da invasão a celulares de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados na terça-feira.

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