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PSDB deveria ser partido de oposição ao governo, diz Alckmin

Ex-governador também defende que a oposição ao governo deveria agir como fiscalizadora, e não adversária - Charles Sholl/Estadão Conteúdo
Ex-governador também defende que a oposição ao governo deveria agir como fiscalizadora, e não adversária Imagem: Charles Sholl/Estadão Conteúdo

Cícero Cotrim

06/11/2019 12h24

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defende que o PSDB assuma papel de oposição à gestão de Jair Bolsonaro (PSL), que classifica como exitosa nas medidas de controle da situação fiscal do País mas problemática na radicalização de pautas ideológicas. "Infelizmente, o partido não referendou quem entrou no governo, pediu que pedissem licença, mas também não se colocou de maneira clara na oposição", diz.

Segundo Alckmin, a oposição tucana ao governo deveria agir como fiscalizadora, não como adversária do Executivo. Ele defende que o partido apoie as propostas do Executivo que considera importantes, a exemplo das medidas de ajuste fiscal. "Isso é sinal de maturidade política", afirmou na saída do Fórum de Temas Nacionais, da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADBV), onde fez palestra sobre a reforma tributária.

Durante o evento, Alckmin foi elogiado diversas vezes pelos dirigentes da entidade presentes. O presidente do conselho administrativo da ADBV, Latif Abrão Junior, ao convidar Alckmin para tomar a palavra disse "chamo agora o presidente - desculpe, presidente foi um ato falho meu, que ainda espero que aconteça", em meio a aplausos.

Em relação à eleição de 2020, o ex-governador não quis comentar a estratégia do PSDB para a sucessão do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, diagnosticado com câncer metastático. "Ele é o candidato. Estive com ele na sexta-feira e ele está bem, a eficiência dos fármacos é boa, tem tudo para se recuperar", afirmou Alckmin, que disse que não será candidato no ano que vem. Sobre 2022, porém, o tucano disse que "o futuro a deus pertence."