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Câmeras da CET-Rio vão medir distância entre as pessoas para evitar aglomerações

Devoto de São Jorge durante as comemorações do dia do santo em meio ao surto de covid-19 no Rio de Janeiro - RICARDO MORAES/REUTERS
Devoto de São Jorge durante as comemorações do dia do santo em meio ao surto de covid-19 no Rio de Janeiro Imagem: RICARDO MORAES/REUTERS

Fabio Grellet

Do Estadão Conteúdo

12/05/2020 16h14

As 489 câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio), normalmente utilizadas para monitorar o trânsito na cidade, vão ser usadas a partir desta quarta-feira, 13, para fiscalizar a distância entre as pessoas e acusar aglomerações, desaconselhadas porque facilitam a disseminação do coronavírus.

Um programa de computador inserido no sistema de câmeras vai identificar a distância entre as pessoas que estiverem ao alcance do equipamento e acionar um alerta quando elas estiverem a menos de 75 centímetros umas das outras.

Haverá três estágios, que serão indicados nas telas do Centro de Operações Rio (COR), que fica no centro da cidade e a partir do qual ocorre a fiscalização. Quando a pessoa estiver a 1,5 metro ou mais das outras, ela aparecerá na tela rodeada por uma linha verde. Se duas ou mais pessoas estiverem à distância de 75 centímetros a 1,5 metro umas das outras, elas serão identificadas por linhas amarelas. Se duas ou mais pessoas estiverem a menos de 75 centímetros umas das outras, serão circundadas por uma linha vermelha.

Nessa situação, os fiscais que acompanham as câmeras vão acionar o Disk-Aglomeração, serviço da secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) que mobiliza guardas municipais e eventualmente a Polícia Militar para ir até os locais onde há concentração de pessoas e dispersá-las.

A Prefeitura do Rio de Janeiro já utiliza outros dois meios para fiscalizar a distância entre as pessoas. Em parceria com uma operadora de telefonia, identifica a movimentação das pessoas e os locais com maior probabilidade de aglomerações.

E, também por meio das câmeras da CET-Rio, já monitora o índice de isolamento, mas não em tempo real. Com esse novo programa de computador, criado por uma empresa particular que o cedeu à prefeitura, o monitoramento será em tempo real.