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Campanha pró-CPI da pandemia une grupos de renovação e que pediram saída de Dilma

Campanha pró-CPI da pandemia une grupos de renovação e que pediram saída de Dilma - Marcos Oliveira/Agência Senado
Campanha pró-CPI da pandemia une grupos de renovação e que pediram saída de Dilma Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Matheus Lara

Brasília

04/03/2021 17h59

Os movimentos de renovação Acredito, Agora, Livres e Ocupa Política se uniram ao Vem Pra Rua, um dos principais grupos que impulsionaram o movimento pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para pedir a abertura de uma CPI da covid-19. Juntos também do Extremos Não e Política Viva, os grupos lançaram a campanha "CPI da Pandemia Já" para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a instalar a comissão.

A campanha que une diferentes grupos de mobilização que ganharam protagonismo na política nacional nos últimos anos tenta reunir assinaturas e endereçar e-mails a Pacheco em defesa da CPI. Cidadãos também são convidados a se mobilizar no Twitter. "Enquanto o pedido para a criação da CPI está parado sob a mesa de Pacheco há quase um mês, à espera de uma definição, o Brasil enfrenta uma situação catastrófica: o país superou a marca dos 250 mil mortos pela covid-19, a média móvel de mortes bate recordes e o sistema de saúde de mais da metade dos estados está à beira do colapso", diz o grupo.

Os organizadores da campanha veem evidências de responsabilidade do governo federal e acusam a gestão de Bolsonaro de crimes, erros e omissões graves. "O governo gasta R$ 90 milhões com tratamentos inúteis, sabota as compras de vacina, o uso de máscaras e as medidas de isolamento de governadores e prefeitos, além de fechar metade dos leitos de UTI, espalhar desinformação e notícias falsas e promover aglomerações", diz a campanha.

"Atravessamos uma tragédia sem precedentes que sequer tem um prazo para terminar. Analistas internacionais apontam o Brasil como um dos países com a pior resposta às crises sanitária, de saúde, econômica e de educação consequentes da pandemia", disse Rafael Parente, integrante do Agora. "É nosso dever moral e ético identificar os erros de gestão e coordenação e responsabilizar quem está contribuindo para tornar o país uma ameaça global."

Rodrigo Alonço, do movimento Vem Pra Rua, defende que também exista mais cobrança pela vacinação em massa da população. "Os hospitais particulares entraram em colapso, assim como os hospitais públicos. Faltam apenas leitos ou faltam vacinas?". Segundo Magno Karl, do Livres, a falta de estoque de oxigênio medicinal em Manaus precisa ser investigada: "Uma CPI será fundamental para a investigação dos fatos e a eventual responsabilização dos culpados pela tragédia que matou milhares no Norte do Brasil".