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Em live, Mourão fala em estender Operação Verde Brasil 2 na Amazônia até julho

Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão afirmou que o objetivo do governo é diminuir o desmate entre 15% e 20% - Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão afirmou que o objetivo do governo é diminuir o desmate entre 15% e 20% Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Emilly Behnke

Brasília

22/04/2021 18h19

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira, 22, que o governo analisa estender a Operação Verde Brasil 2 na Amazônia até julho deste ano. A permanência dos militares na região teria como objetivo auxiliar no combate ao desmatamento. Presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão afirmou que o objetivo do governo é diminuir o desmate entre 15% e 20%.

"Nós queremos apresentar um resultado positivo na faixa de uma redução entre 15% e 20% daquilo que tinha ocorrido no ano anterior", disse Mourão, durante live promovida pelo programa Brasil em Questão nesta tarde. Essa redução almejada é referente aos índices registrados entre 1º de agosto de 2020 a 31 de julho deste ano, período correspondente ao ciclo de medição do Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os militares estão na Amazônia desde abril do ano passado. Com o fim da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a previsão é que as Forças Armadas deixem a região em 30 de abril. Mas isso pode mudar, segundo Mourão. "Deixamos ainda em aberto a possibilidade de estender a Operação (Verde Brasil 2) até o final desse ciclo do Prodes, ou seja, até o dia 31 de julho", disse Mourão.

Em março, o Inpe registrou aumento nos índices de desmatamento com 368 quilômetros quadrados de área desmatada - o maior volume registrado para o mês desde 2015. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro reforçou, na Cúpula do Clima, o pedido por apoio estrangeiro para bancar as ações de combate ao desflorestamento.

O chefe do Executivo destacou o comprometimento de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050. A conquista das metas, contudo, foi condicionada ao apoio financeiro internacional e a "justa remuneração" ao Brasil pelos serviços ambientais prestados.