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Flávio Bolsonaro: Renan é 'altamente tóxico' para trabalhos da CPI da Covid

Renan "já está pensando muito mais em 2022 do que realmente em salvar vidas aqui no Brasil", pontuou Flávio - Jefferson Rudy/Agência Senado
Renan "já está pensando muito mais em 2022 do que realmente em salvar vidas aqui no Brasil", pontuou Flávio Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Sofia Aguiar

Em São Paulo

17/05/2021 11h46Atualizada em 17/05/2021 12h41

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a tecer críticas contra Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid.

Em vídeo publicado no Twitter, Flávio avaliou que Renan está sendo "altamente tóxico" aos trabalhos do colegiado. "Ele (Renan) já está pensando muito mais em 2022 do que realmente em salvar vidas aqui no Brasil", pontuou.

Na quarta-feira passada (12), a sessão de depoimento do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten precisou ser suspensa após uma troca de ofensas entre Renan e Flávio, que afirmou que o relator está utilizando a CPI como um "palanque".

Flávio ainda chamou o relator de "vagabundo" ao comentar sobre o pedido de prisão em flagrante de Wajngarten, ofensa repetida pelo presidente na quinta-feira (13), em Alagoas.

"Renan tem sido altamente tóxico à CPI no início dos trabalhos, inquirindo as testemunhas com muita agressividade e desrespeito", afirmou o senador no Twitter.

Segundo ele, Renan tem se esforçado para blindar a investigação de seu filho, Renan Filho (MDB), governador de Alagoas, sobre desvio de recursos de dinheiro para o combate à pandemia.

"A população tem o direito de saber se esse dinheiro foi aplicado no combate à covid ou se foi desviado de sua finalidade", enfatizou Flávio Bolsonaro.

Em resposta às acusações de envolvimento com milícias, o filho mais velho do presidente Bolsonaro enfatizou que ele defende polícias, mas que não tem nenhum envolvimento.

"Polícia, aliás, é uma categoria da qual Renan Calheiros parece ter muito medo, porque ele faz de tudo para evitar que sejam convidadas a colaborar com os trabalhos na CPI diversas autoridades policiais que têm dezenas de informações para fornecer aos senadores."

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.