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Bolsonaro diz que Parlamento 'tem melhorado muito' e elogia Lira após encontro

Os presidente da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Arthur Lira, na saída do Palácio do Planalto - Ueslei Marcelino/Reuters
Os presidente da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Arthur Lira, na saída do Palácio do Planalto Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Gustavo Côrtes e Matheus de Souza

Do Estadão Conteúdo, em Brasília

10/06/2021 12h32Atualizada em 10/06/2021 13h14

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que parlamento tem "melhorado muito" e elogiou o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem tomou café da manhã nesta quinta-feira, 10. O chefe do Executivo criticou o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), antecessor de Lira no comando da Casa.

"Acabei de tomar café com o presidente da Câmara. Que diferença em relação ao anterior, que ninguém lembra mais. Onde é que ele anda, alguém sabe?", perguntou o mandatário a apoiadores presentes na saída do Palácio da Alvorada.

Ainda sobre Lira, Bolsonaro afirmou que o parlamentar deve colocar em votação, na semana que vem, projeto que informará nominalmente o valor do ICMS sobre combustíveis. De acordo com declarações recentes de Bolsonaro, a ideia é de o ICMS sobre combustíveis tenha valor fixo em cada estado.

"Que seja um valor fixo para cada Estado. Rio de Janeiro vai botar R$ 1 no álcool, São Paulo R$ 1,20, Espírito Santo R$ 0,80. Cada um bote o valor que bem entender", disse o presidente em transmissão na última quinta-feira pelas redes sociais. Ele sustenta também que postos deveriam colocar na nota fiscal a composição do preço do combustível.

Além de críticas a governadores, Bolsonaro afirmou que ao informar os preços, também ficará evidenciado o "nó" que é o valor do transporte do combustível. Para ele, existe um "monopólio" do transporte de combustíveis que precisa ser quebrado. "Se quebrar esse monopólio do transporte de combustível, o preço vai lá pra baixo", afirmou hoje.

Energia Solar

A apoiadores que criticaram propostas que tramitam no Congresso para taxar a energia solar, Bolsonaro afirmou que é preciso "brigar para não taxar nada". Ele já afirmou anteriormente que vetará o projeto que revisa normas para a geração distribuída (painéis solares), caso seja aprovado. A proposta está em vias de ser votada pela Câmara.

O presidente repetiu que o país vive a "maior crise hidrológica da história", e que, por isso "não podemos criar problemas para quem quer investir em energia solar".

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.