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Contra variante delta, Israel pede à população para não beijar nem abraçar

Jovens se abraçam em calçadão da praia em Tel Aviv, em Israel; após série de flexibilizações, país voltou a fazer apelos pelo distanciamento social - Amir Levy/Getty Images
Jovens se abraçam em calçadão da praia em Tel Aviv, em Israel; após série de flexibilizações, país voltou a fazer apelos pelo distanciamento social Imagem: Amir Levy/Getty Images

06/08/2021 07h44Atualizada em 06/08/2021 08h46

Israel vai parar de abraçar e beijar. O apelo foi feito ontem por autoridades sanitárias para conter o avanço da variante delta no país. O apelo por distanciamento social, uma das faces mais amargas da pandemia, retornou ao país, junto com o pedido para a retomada do regime de home office nas empresas. Segundo o governo as medidas são essenciais para evitar novas quarentenas.

A força-tarefa antipandemia do país fez um apelo para que a população pare de "apertar as mãos e dar beijos e abraços". O governo também tornou obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrar em ambientes que comportem menos de cem pessoas. O passe é concedido para quem já se inoculou, testou negativo ou contraiu a doença recentemente.

Em espaços abertos com capacidade superior a cem pessoas, o uso de máscara será obrigatório. O governo também limitará em 50% o número de funcionários em repartições públicas.

"Nosso objetivo é manter Israel aberto e, ao mesmo tempo, evitar uma situação de lotação de hospitais e falta de leitos", disse o primeiro-ministro Naftali Bennett, afirmando que o país sabe a hora de acionar o freio caso seja necessário. "Para evitar restrições mais duras, vamos nos vacinar, usar máscaras e manter o distanciamento."

As medidas foram decididas em uma reunião do gabinete na noite de quarta-feira (4). Horas antes, um funcionário do Ministério da Saúde já havia antecipado ao jornal Haaretz que o acirramento das restrições era iminente após o governo anunciar que esperava ver os casos graves de covid-19 quadruplicaram nos próximos 20 dias se nada fosse feito.

Avanço

Mais 3.200 casos de covid-19 foram registrados entre terça-feira (3) e quarta-feira. Do total, 236 pessoas apresentavam sintomas graves da doença, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Não se sabe ao certo quantas dessas pessoas estavam vacinadas, mas nas últimas semanas as complicações vinham ocorrendo majoritariamente em pessoas não vacinadas.

Mais de 62% dos israelenses estão totalmente vacinados contra o vírus, em sua maioria com doses da Pfizer-BioNTech, de acordo com dados do site Our World in Data.

Assim como a Alemanha, o país é um dos que já aplica doses de reforço na população com mais de 60 anos ou com comorbidades, afirmando que a efetividade das duas doses cai com o tempo e a terceira injeção serve para reforçar a resposta imunológica.

Em mais uma ação para conter o avanço da delta, o país determinou que todos os viajantes oriundos de 18 países façam uma quarentena obrigatória ao desembarcarem em território israelense, independentemente do status de vacinação.

Entre as nações que ficarão sujeitas às restrições, que começarão a valer no dia 11, estão França, Alemanha, Itália, Grécia e EUA.

(Com agências internacionais)

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".