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Lira: Bolsonaro precisará 'pagar' se fala associando vacina e Aids não tiver base científica

O presidente da Câmara disse que teve reunião na semana passada com o relator do projeto de lei das fake news, Orlando Silva (PCdoB-SP) - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara disse que teve reunião na semana passada com o relator do projeto de lei das fake news, Orlando Silva (PCdoB-SP) Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Augusto Decker

São Paulo

25/10/2021 12h57

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisará "pagar" se a declaração relacionando vacinas contra covid-19 com Aids não tiver base científica, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) hoje. "Se não tiver nenhuma base científica para isso, ele vai pagar pela declaração. Espero que não tenha", disse Lira em evento do setor sucroalcooleiro. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na semana passada, Bolsonaro relacionou falsamente as vacinas com o desenvolvimento de HIV, o vírus da Aids.

Após a declaração, o Facebook decidiu, pela primeira vez, excluir uma transmissão ao vivo de Bolsonaro da sua plataforma. Lira disse que esse é "mais um motivo para acelerar na Câmara o grupo que trata de gestão dos meios eletrônicos com relação a fake news". O presidente da Câmara disse que teve reunião na semana passada com o relator do projeto de lei das fake news, Orlando Silva (PCdoB-SP), e que voltará a tratar do assunto brevemente.

A intenção, segundo Lira, é ver se o texto está a contento e votá-lo, para de obter "um regramento principalmente nas bases de veículos de comunicação como Facebook, Instagram, Twitter, e todos os meios necessários para a contenção de matérias como essa".

Hoje, mais cedo, Bolsonaro responsabilizou a imprensa pela mentira que divulgou, mas não retificou suas declarações.