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Vice de Doria se alia a MDB e União Brasil para tentar se eleger em SP

Além dos dois partidos, Rodrigo Garcia (PSDB, à dir.) ainda deve anunciar o apoio do Cidadania em SP - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Além dos dois partidos, Rodrigo Garcia (PSDB, à dir.) ainda deve anunciar o apoio do Cidadania em SP Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Pedro Venceslau

São Paulo

18/12/2021 17h00Atualizada em 18/12/2021 18h25

Escolhido pelo governador João Doria (PSDB) como seu candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2022, o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) selou uma aliança com dois dos maiores partidos do Congresso, o MDB e o União Brasil (resultado da fusão DEM-PSL). Agora, o PSDB trabalha para tentar aproximar as duas siglas do palanque presidencial de Doria.

Com a perspectiva de assumir o comando da máquina paulista em abril, quando Doria deve deixar o governo para disputar o Palácio do Planalto, Garcia avançou nas articulações partidárias e deve ter um palanque mais amplo em sua campanha em São Paulo do que seu padrinho político no plano nacional, o que pode levar a situações inusitadas.

Além do União Brasil e do MDB, Garcia deve anunciar o apoio do Cidadania e tem bom trânsito no Progressistas, no Republicanos, no Solidariedade e até no Podemos.

Articulações

Já o cenário nacional para os tucanos é mais complexo. Doria tem dificuldades de avançar no diálogo com o MDB, que lançou a pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MS); com o União Brasil, que negocia eventual aliança com Sérgio Moro (Podemos); e com PP e Republicanos, que, nacionalmente, devem apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na mesma linha, o Solidariedade vai apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pode abrigar o agora ex-tucano Geraldo Alckmin para ser vice do petista. Já o Cidadania lançou a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE).

Palanques

Na prática, isso significa que os aliados de Garcia podem ter de se dividir entre os palanques de Doria, Moro, Simone Tebet, Alessandro Vieira e até de Bolsonaro ou Lula/Alckmin.

"Tem um leque de partidos que dialogam com o Rodrigo [Garcia] e têm pré-candidatos à Presidência, mas é cedo ainda para falar em convergências nacionais. Respeitamos todas as candidaturas, mas vamos trabalhar para, lá na frente, estarem todas também com o João [Doria]", disse Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB-SP.

Para o deputado federal Junior Bozzella (SP), vice-presidente do União Brasil, o cenário político atual está invertido em relação a outras eleições.

"Geralmente se define primeiro o cenário nacional e depois os regionais, mas, desta vez, se inverteu: primeiro veio a equação nos Estados", disse o parlamentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.