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Dono de balsa sul-coreana é encontrado morto

22/07/2014 07h41

TÓQUIO, 22 JUL (ANSA) - A polícia sul-coreana informou nesta terça-feira (22) que foi encontrado o corpo de Yoo Byung-eun, dono da Chonghaejin Marine, a empresa da balsa Sewol, afundada em 16 de abril e que deixou quase 300 mortos e desaparecidos. Os testes de DNA no corpo encontrado em 12 de junho passado em um campo perto da cidade de Suncheon, a mais de 400 quilômetros de Seul, revelaram que se trata do procurado número do país. Ainda não foram reveladas as causas da morte do bilionário. As amostras de DNA "tiradas do cadáver são compatíveis com as de Yoo", afirmou em conferência de imprensa Woo Hyung-ho, chefe da polícia de Sucheon, segundo a agência de notícias sul-coreana Yinhap. Outra confirmação de que se trata do empresário foi constatada com o exame das digitais do dedo indicador direito, acrescentou Woo. As comparações do DNA foram possíveis com a análise de amostras retiradas em uma casa onde Yoo, de 73 anos, se refugiou para fugir da polícia que mobilizou milhares de agentes, revelou o policial. Quando o corpo foi encontrado estava deitado com o rosto para cima, vestido com um conjunto de inverno e um chapéu, cercado por várias garrafas vazias de bebidas alcoólicas e por uma garrafa vazia de óleo de fígado de tubarão, produzido por uma empresa do seu grupo. "Acreditamos que análises mais detalhadas e uma segunda autopsia por parte do Serviço Nacional Forense poderão revelar mais detalhes, como a causa da morte", concluiu Woo. Yoo, fundador da Seita da Salvação, foi o homem mais procurado na Coreia d Sul, com as autoridades sul-coreanas na busca de detalhes para poder capturá-lo, ao ponto de lançar uma recompensa de US$ 500 mil (US$ 100 mil se seu filho mais velho Dae-kyun fosse levado para a policia que ainda não foi encontrado). Em relação à embarcação Sewol, os ministérios públicos acreditam que práticas consolidadas de corrupção, promovidas por Yoo e pela sua família, tenham causado procedimentos falhos e perigosos sobre a segurança, entre elas a superlotação, que resultou em uma das piores tragédias sul-coreanas em tempo de paz. Ao todo, 476 pessoas estavam a bordo da balsa que naufragou e apenas 172 foram salvas. Grande parte dos passageiros eram estudantes da instituição Danwon Hig School que faziam uma excursão. A balsa Sewol saiu do porto de Incheon no dia 15 de abril e deveria chegar, no dia seguinte, à ilha de Jeju, local turístico muito popular da Coreia do Sul. Grande parte dos passageiros eram estudantes da instituição Danwon High School que faziam uma excursão. O comandante Lee Joo-Seok e outros três oficiais foram acusados de homicídio por negligência e podem pegar pena de morte. Outros 11 membros da tripulação são acusados de crimes menos graves. As investigações sobre as causas da tragédia comprovaram que o naufrágio da balsa aconteceu por negligência e mostraram que o barco foi modificado ilegalmente.(ANSA)
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