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EUA farão testes em humanos com vacina contra ebola

Em Washington e em Londres

01/08/2014 09h22

O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (1º), que iniciará o teste em humanos da vacina contra o ebola. Os trabalhos começarão em setembro e os primeiros resultados já poderão ser vistos no início de 2015. A agência do governo está trabalhando há anos no antídoto e já teve bons resultados nos testes em animais.   

Em entrevista à CNN, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), Anthony Fauci, disse que "está trabalhando em parceria com a FDA para terminar a primeira fase de experimentação o mais rápido possível". A FDA (Food and Drug Administration) é um órgão do governo norte-americano para controlar, através de testes e pesquisas, os alimentos e os medicamentos que serão comercializados no país.   

Essa primeira fase é fundamental para verificar se a vacina trará efeitos colaterais às pessoas. Caso não seja encontrado nenhum problema, passa-se para a segunda fase, que testa a eficácia do medicamento. Desde o início da epidemia de ebola na África, foram registrados 1323 casos e 726 mortes pela doença.   

Voluntários voltam para os EUA

Os dois voluntários norte-americanos que foram infectados com o vírus na Libéria voltaram para os Estados Unidos nesta sexta-feira (01). Eles utilizaram um voo privado e estão sendo mantidos em isolamento por autoridades sanitárias. Os dois terão assistência médica em hospitais de Atlanta, onde continuarão a receber o tratamento adequado. Especialistas dizem que se a doença for tratada adequadamente, as chances de cura são muito altas.   

Uma situação de medo ocorreu durante os Jogos de Commonwealth, que ocorrem em Glasgow, na Escócia. O atleta de Serra Leoa, Moses Sesay, se sentiu mal durante a competição e causou pânico pelo fato dele apresentar sintomas do ebola. Ele foi colocado em isolamento e passou por dois testes - inclusive um feito em Londres, na Inglaterra. Nos quatro dias que ficou sob a observação dos médicos escoceses, os testes confirmaram que Sesay não estava com a doença.   

Serra Leoa é um dos países mais afetados pelo ebola e teve, até o momento, 220 mortes registradas em decorrência da doença. Itália A ministra da Saúde italiana, Beatrice Lorenzin, declarou que "os italianos podem ficar absolutamente tranquilos" porque "ativamos há meses um programa de alerta e controle após o primeiro caso na África". O surto de ebola começou na Libéria em dezembro de 2013 e já atingiu outros três países africanos: Serra Leoa, Guiné e Nigéria.   

O Líbano não aceitará mais trabalhadores de Serra Leoa, Guiné e Libéria em seu país, anunciou o Ministério do Trabalho de Beirute. A medida é para impedir a propagação do ebola no país.   

Além disso, o órgão afirmou que adotou medidas de controle e de informação dos passageiros do aeroporto de Beirute, onde transitam muitos trabalhadores africanos que tem empregos no Líbano.