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Em nova noite de confrontos, 47 são presos em Ferguson

20/08/2014 11h09

FERGUSON, 20 AGO (ANSA) - Após um início pacífico, os manifestantes e a polícia entraram em confronto nas ruas de Ferguson, nos Estados Unidos (EUA), na madrugada desta quarta-feira (20). No conflito, 47 pessoas foram presas e três armas de fogo apreendidas.   

Segundo a polícia, os confrontos desta madrugada foram considerados os mais calmos, desde o início dos protestos pela morte do jovem Michael Brown, baleado pelo policial Darren Wilson, no dia 9 de agosto.   

Na noite anterior, ao menos 78 pessoas foram presas em violento conflito entre os manifestantes e a polícia, no subúrbio da cidade do sul dos Estados Unidos. O prefeito da cidade, James Knowles havia emitido comunicado aos moradores da cidade para que permanecessem em suas casas.   

Segundo autópsia, Brown foi atingido por seis disparos, todos pela frente. Duas balas atingiram sua cabeça. A acusação afirma que o policial Wilson usou força desproporcional contra o jovem de 18 anos. A polícia diz que Brown tentou agredir Wilson.   

Testemunhas dizem que o jovem morto estava com as mãos para cima quando foi abordado pelo policial, em sinal de rendição.   

O ministro da Justiça dos EUA, Eric Holden, afirmou que a investigação sobre a morte de Michael Brown será "Igual e aprofundada". Holden deve chegar a Ferguson nesta quarta-feira, para se encontrar com agentes da Agência Federal de Investigação dos EUA (FBI). O ministro, em carta aberta à população, pede aos moradores de Ferguson que evitem os atos de violência e para que "tenham confiança na justiça dos EUA". Holden afirmou que é preciso tempo para que a investigação seja finalizada. Jesse Jackson - Segundo o reverendo Jesse Jackson, um dos principais líderes dos direitos civis dos EUA, "enquanto não for feita a Justiça, a paz não poderá voltar", afirmou Jackson, em entrevista ao jornal italiano La Stampa. Para o reverendo, os jovens de Ferguson, ao contrário dos pedidos do governo norte-americano, "não devem se acalmar, porque de outra forma, nada acontecerá. Mas não estou incitando a violência", disse Jackson. (ANSA)
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