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General é eleito primeiro-ministro na Tailândia

21/08/2014 12h51

BANGKOK, 21 AGO (ANSA) - O general Prayuth Chan-Ocha, chefe da junta militar que governa a Tailândia desde 22 de maio, foi eleito o primeiro-ministro do país nesta quinta-feira (21). O atual Parlamento tailandês está dominado por representantes militares e Chan-Ocha foi candidato único ao cargo. Assim, ele recebeu todos os 191 votos possíveis.   

A nominação do general confirma a volta da calma institucional na Tailândia, que ficou sem comando nos últimos três meses. No período, o general de 60 anos foi concentrando o poder em suas mãos e não permitiu o surgimento de uma oposição política. Raras também são os veículos de mídia que criticam sua atuação. O novo premier comandará 35 ministérios e a escolha dos titulares aos cargos serão escolhidos no mês que vem. A nova Assembleia Legislativa nacional, nomeada em julho pela junta militar, já se mostrava completamente submissa às leis introduzidas pelos militares.   

Chan-Ocha, que antes do golpe havia dito que não havia a possibilidade de derrubada do governo da então primeira-ministra Yingluck Shinawatra, aparece todas as sextas-feiras em programas de televisão dizendo que quer "restituir a felicidade à Tailândia , eliminando a corrupção e reconstruindo a economia".   

O mote da "campanha" do novo premier tem três frases: reconciliação nacional, formação de um novo governo e eleições em 2015. A Constituição, que foi escrita pelos militares após o golpe de Estado de 2006, expulsou que funcionários fieis ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, concorram a algum caso.   

Entenda o caso No dia 22 de maio, após sete meses de manifestações públicas contra o governo da época, houve um golpe de Estado aplicado pelos militares liderados por Prayuth Chan-Ocha. Os militares "tomaram o poder para restabelecer a ordem e promover reformas políticas", disse Prayuth ao anunciar o golpe, o 12º desde 1932.   

Com isso, a então primeira-ministra Yingluck Shinawatra foi detida e impedida de sair do país. Ela também teve que participar de "audiências" dos militares para se defender de acusações de "abuso de poder". Ela já havia sido destituída duas semanas antes pela Corte Institucional do país.   

Os protestos, que ocorriam antes da chegada dos militares ao poder, causaram a morte de 28 pessoas. (ANSA)
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