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Memória:Há 35 anos, iranianos ocupavam embaixada dos EUA

04/11/2014 08h57

SÃO PAULO, 4 NOV (ANSA) - Há exatos 35 anos, a embaixada dos Estados Unidos em Teerã, no Irã, foi alvo de um sequestro que levaria mais de um ano para ser solucionado e mancharia a história da diplomacia norte-americana. Ao todo, 52 funcionários foram mantidos reféns por 444 dias. Fomentado pela Revolução Iraniana de 1979, que triunfara nove meses antes, um grupo de estudantes irrompeu contra a sede diplomática na manhã do dia 4 de novembro para demonstrar desaprovação ao governo dos EUA. O sentimento surgia pelo fato que o então presidente norte-americano, Jimmy Carter, era um forte aliado do xá Reza Pahlevi, derrubado na Revolução Iraniana, que impôs o governo fundamentalista do aiatolá Ruhollah Khomeini. Carter tinha concedido asilo ao ex-líder iraniano, provocando revoltas em todo o Irã, cuja população se dizia cansada do regime corrupto e agressivo do xá. Os sequestradores da embaixada exigiam a extradição de Pahlevi, em troca da liberdade dos reféns.   

A crise durou os últimos anos do mandato de Jimmy Carter (1977-1981), sendo que os reféns foram liberados minutos após Ronald Reagan (1981-1989) tomar posse. O xá, por sua vez, morrera em 1980.   

Muitos apontam o episódio como o principal motivo para Carter não se reeleger. Além do fracasso nas negociações, o presidente coordenou uma desastrosa operação de resgate, que terminou com dois helicópteros dos EUA colididos. (ANSA)
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