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Papa diz que crianças são ''grandes excluídas'' da humanidade

Max Rossi/Reuters
Imagem: Max Rossi/Reuters

No Vaticano

18/03/2015 15h59

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (18) que as crianças são um "grande dom", mas também as "grandes excluídas da humanidade quando, nem sequer, as deixam nascer". Em sua homilia na audiência geral, o Pontífice refletiu sobre o papel da família e referiu-se aos pequenos como aqueles "que sorriem e choram, algo que é muito bloqueado nos maiores".

Ele ainda afirmou que as crianças nos lembram que "todos somos totalmente dependentes dos cuidados dos outros, assim como Jesus nos mostra no mistério do Natal".

Segundo Jorge Bergoglio, os meninos e meninas "não são diplomáticos e não aprenderam as ciências e trazem alegria, ternura, mas também problemas e preocupações. Mas, a vida é assim e sem eles a sociedade fica mais triste e cinza".

O sucessor de Bento 16 explicou que a maneira que a sociedade cuida dos pequenos, pode mostrar como ela é realmente --"não só moral ou sociologicamente, mas sim se é uma sociedade livre ou escrava de interesses internacionais".

"Eles são uma riqueza para a Igreja e para nós. Fazem-nos ver que todos somos sempre filhos, como se a vida nos fosse um dom ao invés de termos ganhado-a. Eles também nos ensinam o modo de ver a realidade de maneira confiante e pura. Como confiam no papai e na mamãe e como põem, sem receios, a vida nas mãos de Deus", ressaltou.

O líder dos católicos destacou que "Deus não tem dificuldades de fazer-se entender para as crianças e delas fazerem se entender para Deus, justamente porque, no Evangelho, há palavras muito fortes de Jesus sobre os pequenos". O papa destacou ainda que o "olhar deles é puro e sem malícia --e sem as dúvidas que da vida que fazem endurecer o coração".