Fidel tem 'esperança crítica' sobre EUA, diz Frei Betto
Por Sarah Germano SÃO PAULO, 13 ABR (ANSA) - O religioso e teólogo brasileiro Frei Betto disse, após se encontrar com Fidel Castro na semana passada em Havana, que o ex-líder tem uma "esperança crítica" sobre a retomada das relações entre Cuba e Estados Unidos, anunciada em dezembro.
Em entrevista à ANSA, Betto explicou que, para Fidel, o encontro entre seu irmão Raúl Castro e o presidente norte-americano, Barack Obama, era um passo importante. "Mas ele tinha uma esperança crítica, sem ilusões" e esperava uma ação prática, como a retirada da ilha da lista de países que patrocinam o terrorismo. "Obama continua na retórica", concluiu.
A lista é um relatório anual que classifica os países por apoio ou promoção de atividades que, segundo Washington, caracterizam-se como "terrorismo".
Para o governo de Raúl Castro, integrar a lista impossibilita a realização de diversas operações bancárias, assim como outros negócios nos Estados Unidos que seriam necessários para a reabertura de sua Embaixada, em meio à normalização das relações diplomáticas.
Em conversa de cerca de duas horas, Betto ainda disse ter contado para Fidel sobre a atual conjuntura política e econômica brasileira. "Ele lamentou que as três mulheres estejam em dificuldades", afirmou, referindo-se aos governos de Dilma Rousseff, Michelle Bachelet, no Chile, e Cristina Kirchner, na Argentina.
Sobre a Venezuela - grande aliada de Cuba -, que passa por uma forte crise econômica e política, Fidel acredita que o governo de Nicolás Maduro está bem consolidado. "Ele não acredita na ameaça de um golpe" de Estado, como alertaram outros líderes da região.
Saúde - A respeito do estado de saúde o ex-líder, Betto disse achá-lo melhor do que quando o visitou pela última vez, no começo deste ano. "Ele estava muito bem. Parecia rejuvenescido e estava bem falante", declarou.
O religioso, cuja amizade com Fidel tem mais de três décadas, ainda apontou que o ex-líder é muito ligado à alimentação alternativa e o apresentou a um cereal africano chamado Teff.
Desde 2006, quando deixou a Presidência devido a problemas de saúde, as aparições de Fidel têm diminuído, dando mais força aos boatos sobre seu quadro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em entrevista à ANSA, Betto explicou que, para Fidel, o encontro entre seu irmão Raúl Castro e o presidente norte-americano, Barack Obama, era um passo importante. "Mas ele tinha uma esperança crítica, sem ilusões" e esperava uma ação prática, como a retirada da ilha da lista de países que patrocinam o terrorismo. "Obama continua na retórica", concluiu.
A lista é um relatório anual que classifica os países por apoio ou promoção de atividades que, segundo Washington, caracterizam-se como "terrorismo".
Para o governo de Raúl Castro, integrar a lista impossibilita a realização de diversas operações bancárias, assim como outros negócios nos Estados Unidos que seriam necessários para a reabertura de sua Embaixada, em meio à normalização das relações diplomáticas.
Em conversa de cerca de duas horas, Betto ainda disse ter contado para Fidel sobre a atual conjuntura política e econômica brasileira. "Ele lamentou que as três mulheres estejam em dificuldades", afirmou, referindo-se aos governos de Dilma Rousseff, Michelle Bachelet, no Chile, e Cristina Kirchner, na Argentina.
Sobre a Venezuela - grande aliada de Cuba -, que passa por uma forte crise econômica e política, Fidel acredita que o governo de Nicolás Maduro está bem consolidado. "Ele não acredita na ameaça de um golpe" de Estado, como alertaram outros líderes da região.
Saúde - A respeito do estado de saúde o ex-líder, Betto disse achá-lo melhor do que quando o visitou pela última vez, no começo deste ano. "Ele estava muito bem. Parecia rejuvenescido e estava bem falante", declarou.
O religioso, cuja amizade com Fidel tem mais de três décadas, ainda apontou que o ex-líder é muito ligado à alimentação alternativa e o apresentou a um cereal africano chamado Teff.
Desde 2006, quando deixou a Presidência devido a problemas de saúde, as aparições de Fidel têm diminuído, dando mais força aos boatos sobre seu quadro. (ANSA)
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