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Tsipras telefona para Putin após resultado do referendo

06/07/2015 10h12

HAVANA e MOSCOU, 06 JUL (ANSA) - O governo russo confirmou que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, telefonou nesta segunda-feira (06) para o presidente do país, Vladimir Putin, para informá-lo sobre a situação pós-referendo. De acordo com o Kremlin, o mandatário "apoiou o povo grego para superar as dificuldades". "Tsipras informou Putin sobre a situação da Grécia e afirmou que as negociações com os credores europeus prosseguirão", ressaltou o conselheiro diplomático da Presidência, Yuri Ushakov. Especialistas apontam que os russos estão especialmente interessados nessa crise para poder ampliar seu poder dentro de países europeus, já que, atualmente, o governo Putin sofre com sanções econômicas da União Europeia. Quem também expressou votos para Tsipras foi o mandatário cubano, Raúl Castro, que o parabenizou pela "vitória" de seu governo no referendo sobre o acordo com a União Europeia.   

"Estimado primeiro-ministro: estendo minhas sinceras felicitações pela vitória do Não no referendo realizado ontem.   

Esse resultado demonstra o apoio majoritário do povo grego à valente política de governo que você preside", destacou o mandatário.   

Já o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, continua com um tom mais duro e disse que um novo acordo "depende muito das propostas que a Grécia colocará sobre a mesa".   

"A porta ficará sempre aberta, mas visto o resultado do referendo, no momento não há pressupostos para novas negociações sobre outros programas de ajuda", declarou Seibert representando a opinião da chanceler Angela Merkel. Sobre a presença dos gregos na zona do euro, o porta-voz afirmou que "a Grécia está nela e é responsabilidade do governo grego tratar a situação de maneira que ela permaneça essa".   

Tsipras ainda ligou para Merkel, após a coletiva de seu emissário, para informar que seu governo apresentará novas propostas para a reunião europeia desta terça-feira (07).   

Os gregos foram às urnas para decidir se rejeitavam ou aceitavam as políticas de austeridade e as reformas pedidas pelos credores de Atenas, em troca da concessão de mais 7 bilhões de euros em ajuda financeira. De acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério do Interior de Atenas, o "não" venceu com 61,3% dos votos, contra 38,7% do "sim". (ANSA)
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