Reino Unido enfrenta queda no consumo de chá
Há alguns anos, os britânicos estavam dispostos a fazer uma pausa na correria do dia a dia para tomarem uma boa xícara de chá. No entanto, ao observar os dados sobre o consumo da bebida no país, atualmente não se pode dizer o mesmo.
Segundo um estudo da companhia de pesquisas Mintel, entre 2010 e 2015, a quantidade de chá vendida no Reino Unido sofreu uma queda de 22%, passando de 97 milhões de quilos para 76 milhões.
Foi constatado que os britânicos estão preferindo cada vez mais café, infusões e bebidas naturais.
Eeste cenário só tende a piorar, já que o chá será visto cada vez menos: estima-se que, até 2020, o consumo ficará por volta dos 68,7 milhões de quilos por ano. Entre as principais causas deste fenômeno, está a difusão de uma certa "consciência de saúde" entre os britânicos, que, agora, preferem chás de ervas purificantes e relaxantes em relação aos velhos sachês de chá preto.
Esta última é a categoria mais afetada. As vendas do "black tea" em sachês caíram 13% em apenas dois anos, de 2012 a 2014. As "novas" bebidas, no entanto, estão em um crescimento rápido --como o chá verde, com um aumento de 50% no consumo, e os chás de ervas naturais, com um crescimento de 31%.
Mas a "consciência de saúde" não é a única explicação para essa tendência. Os gostos dos britânicos mudaram, principalmente por causa dos "foodies", apaixonados por boa comida que sempre procuram pratos e bebidas originais. E quem trabalha nos escritórios de Londres também opta, há tempos, por café, cappuccino e café com leite, tomados rapidamente na frente do computador e não saboreados durante uma pausa, como o chá.
Além disso, as vendas de biscoitos, que geralmente são consumidos com o produto símbolo do Reino Unido, também estão caindo drasticamente. "O medo do excesso de açúcar contribuiu para a queda do consumo de tortas e biscoitos, perfeitos com o chá", afirmou uma das analistas da Mintel, Emma Clifford.
Outro símbolo do café da manhã dos britânicos também está desaparecendo. As salsichas, consideradas muito gordurosas e calóricas, estão sendo trocadas por carnes menos pesadas ou por produtos vegetais. Para os especialistas, o único modo de não sucumbir às novas tendências é oferecer cada vez mais comidas e bebidas exóticas, que, no entanto, estimulam mais a curiosidade que o paladar.
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