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Nos EUA, papa receberá familiares de estudantes mexicanos desaparecidos

 Manifestante diante do consulado mexicano em Nova York tenta chamar a atenção para o caso do desaparecimento de 43 estudantes no México, que ainda não teve desfecho nem uma resposta satisfatória do governo para as famílias - Seth Wenig/AP
Manifestante diante do consulado mexicano em Nova York tenta chamar a atenção para o caso do desaparecimento de 43 estudantes no México, que ainda não teve desfecho nem uma resposta satisfatória do governo para as famílias Imagem: Seth Wenig/AP

Na Cidade do Vaticano

27/08/2015 12h53

Uma comissão dos familiares dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos há 11 meses terá um encontro com o papa Francisco durante a visita dele aos Estados Unidos. A reunião será realizada no Estado da Filadélfia, confirmou o secretário-geral da assembleia dos parentes, Emiliano Navarrete nesta quinta-feira (27).   

O responsável informou que o grupo aceitou o convite da Rede dos Migrantes Unidos pelo México para participar do Encontro Mundial da Família, que ocorrerá entre os dias 26 e 27 de setembro e que contará com a presença de Jorge Mario Bergoglio.

Apesar de confirmar que o encontro será realizado durante o evento, Navarette não soube dizer se já foi realizado um contato com a Santa Sé para organizar os preparativos.   

No dia 26 de setembro fará, exatamente, um ano que os estudantes mexicanos desapareceram no estado de Guerrero, sul do México, após um confronto entre policiais e manifestantes na cidade de Iguala. No dia do desaparecimento, durante um protesto que criticava o governo, seis pessoas morreram: três alunos, uma dona de casa, um taxista e um jogador de futebol da terceira divisão.   

Após o "ataque", os policias detiveram os jovens e, desde então, seus paradeiros são desconhecidos.

Segundo a Procuradoria Geral, os estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa foram entregues ao grupo "Guerreros Unidos", que acreditavam que os jovens eram pessoas infiltradas pelos mafiosos rivais do "Los Rojos".

Ainda de acordo com o órgão federal, os alunos podem ter sido mortos, queimados e suas cinzas jogadas em um rio. O Pontífice já fez orações pelos jovens por diversas vezes nas audiências gerais do Vaticano.