Tensão cresce com onda de esfaqueamentos de israelenses
Com a tensão cada vez mais alta no Oriente Médio, uma onda de esfaqueamentos foi registrada nesta quinta-feira (8) em Israel e na Palestina.
Primeiro, um judeu ortodoxo de 25 anos foi atacado perto de um quartel da polícia em Jerusalém e está em estado grave. O agressor, um jovem de 19 anos, já está sob poder das forças de segurança.
Depois, duas pessoas, incluindo uma militar, foram golpeadas perto do prédio do Ministério da Defesa, em Tel Aviv. Neste caso, o homem que os atacou foi morto pela polícia. Por último, um israelense foi esfaqueado na entrada da colônia de Kiryat Arba, nos arredores de Hebron, na Cisjordânia.
"A onda de terrorismo é uma consequência das instigações da ANP [Autoridade Nacional Palestina], do Hamas, do movimento islâmico e de países da região", afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Já o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, pediu para os cidadãos "dotados de porte de arma, treinados e conscientes das regras sobre abertura de fogo" levarem consigo armamentos para se defenderem.
O atual ciclo de violência começou no último dia 1º de outubro, quando um casal de israelenses foi morto enquanto seguia de carro em uma estrada que liga duas colônias no norte da Cisjordânia. Como retaliação, Israel vetou o acesso à cidade velha de Jerusalém, a parte árabe, para palestinos não residentes na região.
Desde então, foram registrados diversos episódios graves, como a morte de um adolescente palestino de 13 anos que morava no campo de refugiados de Aida, em Belém. O Exército israelense confessou que disparou por engano.
A imprensa da região já fala até em terceira intifada, termo árabe que significa "revolta".
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