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Tocha olímpica chega a Brasília e percorre 105 km

03/05/2016 07h35

SÃO PAULO, 3 MAI (ANSA) - A tocha olímpica dos Jogos de 2016 percorrerá Brasília nesta terça-feira (2), em uma maratona de 105 quilômetros pelos principais monumentos do Distrito Federal.   


A tocha chegou à capital do Brasil logo pela manhã, mas o evento de sua passagem se estenderá durante todo o dia e contará com um discurso oficial da presidente Dilma Rousseff. Além da mandatária, farão pronunciamentos o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser; e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Para percorrer os 105 quilômetros, a tocha será carregada por 143 condutores. A corrida tem previsão para começar às 10h30, quando a capitã da seleção brasileira de vôlei Fabiana Claudino descerá a rampa do Palácio do Planalto com a chama olímpica.   


O trajeto termina na Esplanada, por volta das 20h50, nas mãos da medalhista Leila Barros.   


Além de atletas, carregarão a tocha outras pessoas, como a refugiada síria Hanan Daqqah, de 12 anos de idade e que vive no Brasil desde o ano passado, e o embaixador italiano em Brasília, Raffaele Trombetta. Hanan foi escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 a partir de uma sugestão da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil. A cerimônia será encerrada com shows de Daniela Mercury, Diogo Nogueira e Ellen Oléria e de artistas da capital federal. A chama olímpica do Jogos do Rio 2016 foi acesa no dia 21 de abril na cidade grega de Olímpia, berço dos jogos. No Brasil, o revezamento da tocha começa nesta terça-feira, por Brasília, e se prolongará por cerca de 90 dias em outras cidades.   


Sua viagem terminará com a cerimônia de inauguração dos Jogos Olímpicos do Rio, no dia 5 de agosto, no Estádio Maracanã, onde a pira olímpica será acesa.   


Política- Analistas acreditam que a presidente Dilma Rousseff aproveitará o discurso no evento olímpico para defender seu governo, mesmo com cada vez mais consciência de que será difícil sobreviver ao processo de impeachment já em curso. A mandatária deverá adotar uma postura de que ainda não desistiu da batalha e que "o jogo só acaba quando termina". Na semana passada, em entrevista à emissora CNN, Dilma admitiu que ficará "muito triste" se não estiver na Presidência durante os Jogos do Rio de Janeiro, justamente pelo esforço que o governo do PT empregou no evento. "Se isso acontecer, eu ficarei muito triste porque nós fizemos um enorme esforço no espírito de parceria com o governo do Rio de Janeiro e nos engajamos num esforço no qual aprendemos muitas lições da recente Copa do Mundo", disse. A escolha do Rio como sede da Olimpíada foi uma das principais bandeiras da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também trouxe a Copa do Mundo para o Brasil em 2014. Os dois eventos esportivos sempre foram defendidos pelo governo petista pelo "legado" que deixariam ao país. (ANSA)
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