Juiz pede prisão de ex-chanceler do Irã por atentado à Amia
BUENOS AIRES, 21 JUL (ANSA) - A Justiça argentina emitiu um mandado de prisão para o ex-ministro das Relações Exteriores iraniano Ali Akbar Velayati, considerado o mandante do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos em 1994. A mandado de prisão foi enviado às autoridades judiciais de Singapura e Malásia, com o objetivo de que ele seja extraditado.
O pedido foi feito pelo juiz argentino Rodolfo Canicoba Corral após a mídia iraniana publicar no último dia 18, quando o atentado completou 22 anos, que Velayati participaria de uma série de conferências nos países.
O ex-ministro iraniano foi um dos cidadãos iranianos acusados pela Justiça argentina em 2006 de ter organizado o ataque com a assistência do Hezbollah. O governo iraniano sempre negou as denúncias, afirmando que foram formuladas com base em pistas inventados pelos serviços secretos dos Estados Unidos e de Israel.
Durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner, Irã e Argentina se aproximaram muito e a investigação foi deixada de lado.
Em janeiro do ano passado, o promotor especial que investigava o atentado, Alberto Nisman, acusou a então presidente de "decidir, negociar e organizar um plano de impunidade e acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão [da Amia] com o objetivo de fabricar a inocência do Irã". Segundo o magistrado, que apareceu morto poucos dias depois em circunstâncias ainda não esclarecidas, ela teria tido motivos comerciais, como intercâmbio de petróleo e grãos. Histórico - O ataque, causado por um carro-bomba, à sede da Amia, no bairro Once, região central de Buenos Aires, deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos. Antigos oficiais iranianos estão na lista de busca da Interpol há anos, mas a Justiça argentina nunca conseguiu ter acesso a eles.
Velayati hoje é um conselheiro do aiatolá Ali Khamenei. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O pedido foi feito pelo juiz argentino Rodolfo Canicoba Corral após a mídia iraniana publicar no último dia 18, quando o atentado completou 22 anos, que Velayati participaria de uma série de conferências nos países.
O ex-ministro iraniano foi um dos cidadãos iranianos acusados pela Justiça argentina em 2006 de ter organizado o ataque com a assistência do Hezbollah. O governo iraniano sempre negou as denúncias, afirmando que foram formuladas com base em pistas inventados pelos serviços secretos dos Estados Unidos e de Israel.
Durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner, Irã e Argentina se aproximaram muito e a investigação foi deixada de lado.
Em janeiro do ano passado, o promotor especial que investigava o atentado, Alberto Nisman, acusou a então presidente de "decidir, negociar e organizar um plano de impunidade e acobertar os foragidos iranianos acusados pela explosão [da Amia] com o objetivo de fabricar a inocência do Irã". Segundo o magistrado, que apareceu morto poucos dias depois em circunstâncias ainda não esclarecidas, ela teria tido motivos comerciais, como intercâmbio de petróleo e grãos. Histórico - O ataque, causado por um carro-bomba, à sede da Amia, no bairro Once, região central de Buenos Aires, deixou 85 mortos e cerca de 300 feridos. Antigos oficiais iranianos estão na lista de busca da Interpol há anos, mas a Justiça argentina nunca conseguiu ter acesso a eles.
Velayati hoje é um conselheiro do aiatolá Ali Khamenei. (ANSA)
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