Estado Islâmico proíbe uso de camisas de times de futebol
Depois de proibir que árbitros apitem partidas de futebol, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) proibiu o uso de camisas de times ocidentais, bem como de material esportivo de grandes marcas multinacionais.
Segundo o jornal "The Independent", três jovens já foram punidos com 80 chibatadas por estarem usando uma camisa do Barcelona com o nome de Messi. Nos "avisos", os jihadistas usaram imagens de uniformes do Milan, da Inter de Milão, do Real Madrid e do Barcelona, além de bandeiras dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra e da Alemanha.
Um dos grupos que luta contra o EI no Iraque, no entanto, pediu para que seus militantes usem esse material "proibido" como forma de desobediência aos extremistas.
No início deste mês, o grupo terrorista decidiu proibir os árbitros nas partidas porque eles "violam os mandamentos de Alá". Isso porque, segundo a interpretação dos extremistas sobre a lei islâmica, se um jogador é machucado durante a partida, ele deve machucar o agressor da mesma forma - e não ser advertido "apenas" com cartões. Neste caso, se alguém desrespeitar a norma, poderá ser preso, torturado e até assassinado por membros do grupo.
O grupo extremista estabeleceu um "califado islâmico" em grande parte da Síria e do Iraque, onde prevalece a interpretação da lei islâmica (sharia) do grupo. Muitas atividades consideradas "ocidentais" são proibidas, como assistir programas de televisão estrangeiros, ler obras internacionais ou se vestir sem os trajes muçulmanos.
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