Líder de protestos em Hong Kong é preso novamente
O ativista pró-democracia Joshua Wong, líder da "Revolução dos Guarda-Chuvas" em 2014, foi preso no Aeroporto de Hong Kong neste domingo (8), após voltar de uma viagem a Taiwan.
Segundo as autoridades, o jovem de 22 anos foi detido por violar as regras de sua liberdade condicional, que o obrigavam a respeitar um toque de recolher entre 23h e 7h.
"Fui preso nesta manhã pela polícia por violações das condições de liberdade sob fiança e estou atualmente sob custódia", diz uma mensagem de Wong difundida por seus advogados.
O ativista passou dois meses na cadeia após ter sido condenado por seu papel nas manifestações de 2014, quando jovens ocuparam o centro de Hong Kong por 79 dias para exigir a instituição de uma democracia plena.
Wong foi solto em 17 de junho e logo se tornou uma das principais vozes dos protestos que exigem a renúncia da governadora Carrie Lam e sufrágio universal para eleger seu sucessor.
Manifestações
Em mais um fim de semana de manifestações contra o governo e a China, dezenas de milhares de pessoas marcharam neste domingo em direção ao Consulado-Geral dos Estados Unidos em Hong Kong para pedir "ajuda" a Donald Trump.
Após um início pacífico, o cortejo teve momentos de tensão no fim, quando uma estação de metrô foi fechada para impedir o fluxo de pessoas.
Em outro ponto, onde os manifestantes formaram barricadas para bloquear o trânsito, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Ex-colônia britânica, Hong Kong foi entregue pelo Reino Unido à China em 1997, com o princípio de "um país, dois sistemas", e possui um status semiautônomo. Pequim acusa "atores externos" de encorajarem as manifestações para desestabilizar o território.
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