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Freira defende direito a voto para mulheres no Sínodo da Amazônia

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Imagem: Getty Images

Da ANSA, na Cidade do Vaticano

11/10/2019 14h34

Uma das 35 mulheres que participam do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, no Vaticano, defendeu nesta sexta-feira (11) que religiosas tenham direito a voto na assembleia episcopal.

"Não existe motivo para que isso não aconteça", disse a alemã Birgit Weiler, da Congregação das Irmãs Missionárias Médicas e colaboradora da Pastoral pela Tutela da Criação na Conferência Episcopal do Peru.

O papa Francisco convidou 35 mulheres para o Sínodo, de um total de mais de 200 participantes, porém elas não têm direito a voto nas discussões da assembleia, benefício reservado aos 184 padres sinodais.

"É um tema forte que foi tratado pelos bispos. Somos gratas ao papa Francisco, que quis 35 mulheres neste Sínodo, mas esperamos que se chegue ao ponto em que nossas superioras-gerais, como acontece com os superiores de ordens masculinas, possam votar", declarou Weiler no briefing diário sobre a reunião dedicada à Amazônia.

O papel das mulheres na vida da Igreja é um dos temas debatidos no Sínodo, que busca formas de reverter a escassez de padres na floresta. Uma das possibilidades estudadas é a de criar um cargo diaconal para mulheres, já que elas chefiam grande parte das comunidades indígenas.

"É preciso ter mais mulheres em posições de liderança, mesmo em cargos que não prevejam ministérios ordenados. É importante sermos incluídas em posições que tomem decisões", reforçou Weiler. O Sínodo acontece até 27 de outubro e também discute a preservação da Amazônia.

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