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EUA: Trump e Biden trocam acusações após morte de apoiador do presidente

O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu adversário na corrida de 2020 pela Casa Branca, Joe Biden - Saul Loeb e Ronda Churchill/AFP
O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu adversário na corrida de 2020 pela Casa Branca, Joe Biden Imagem: Saul Loeb e Ronda Churchill/AFP

31/08/2020 07h31

A morte de um homem apoiador do presidente norte-americano, Donald Trump, em Portland no sábado (29) fez com que o republicano e o seu adversário nas eleições de novembro, Joe Biden, trocassem acusações.

"A única maneira de você parar a violência e o alto crime nas cidades onde os democratas governam é através da força. Lei e Ordem", escreveu o mandatário em duas postagens. Para o republicano, seu rival está se manifestando sobre o caso porque "está caindo nas pesquisas" eleitorais para a disputa de 3 de novembro.

Por sua vez, o candidato democrata desafiou Trump e disse que os Estados Unidos "não podem se tornar um país em guerra consigo mesmo".

"A violência mortal que nós vimos em Portland é inaceitável. Atiradores nas ruas de uma grande cidade norte-americana são inaceitáveis. Eu condeno todo o tipo de violência feita por qualquer um, sejam de direita ou de esquerda. E eu desafio Donald Trump a fazer o mesmo. [...] Um país que aceita a morte de outros norte-americanos que não concordam com você. Mas esse são os Estados Unidos que o presidente Trump quer que sejamos, os Estados Unidos que ele acredita que nós somos", postou em sua conta no Twitter.

A morte do homem ainda está sendo investigada pelas autoridades locais, que não informaram se houve um confronto entre um grupo antirracista e um de apoiadores ultraconservadores e de extrema-direita chamado Patriot Prayer.

Desde a morte de George Floyd, em 25 de maio, a cidade do estado do Oregon é marcada por protestos diários do movimento Black Lives Matter ("Vidas Negras Importam"), que se intensificaram após a abordagem truculenta a Jacob Blake em Kenosha.

No sábado, no entanto, um grupo pró-Trump se organizou e realizou uma carreata e passeata na cidade e a polícia - com o FBI - tenta descobrir de onde partiu o tiro. Essa não é a primeira vez que os ultraconservadores se reúnem em Portland, mas é a primeira que tem uma morte registrada.

"Os policiais de Portland ouviram sons de tiros e atenderam ao chamado, localizando uma vítima com um ferimento à bala no peito. Um médico constatou que ela estava morta", informou em comunicado o Departamento de Polícia local.