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Trump concede perdão a condenados em investigação sobre Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante cerimônia no Salão Oval, na Casa Branca - Saul Loeb/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante cerimônia no Salão Oval, na Casa Branca Imagem: Saul Loeb/AFP

23/12/2020 09h49

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu indultos e comutações de penas para 20 pessoas na noite desta terça-feira (22). Entre os que receberam o perdão presidencial estão condenados no processo que investigou a interferência da Rússia nas eleições de 2016, ex-congressistas e militares que assassinaram iraquianos em 2007.

Entre os nomes mais famosos do perdão, está George Papadoulos, ex-conselheiro de Política Externa de Trump em 2016, que confessou ter feito declarações falsas durante a investigação do "Russiagate", liderada pelo procurador especial Robert Mueller.

Ainda pelo caso envolvendo a Rússia, foi perdoado o advogado Alex van der Zwann, que também confessou que mentiu em depoimento. Recentemente, o republicano havia perdoado outro condenado no "Russiagate", o seu ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn.

Os ex-deputados que receberam clemência são Chris Collins, Steve Stockman e Duncan Hunter, todos condenados por crimes financeiros e fraudes e todos republicanos.

Trump perdoou ainda quatro militares que atuaram na guerra do Iraque e que foram acusados de matar 17 civis iraquianos na praça de Nisour, em Bagdá. O episódio abalou as relações entre os dois países em 2007 e o Departamento de Justiça travou um longo processo para condená-los.

Os quatro atuavam pela empresa Blackwater, que paga "mercenários" para fazer a segurança em áreas de conflito pelo mundo, e pertencia na época a um aliado de Trump, Erik Prince.

Sua irmã, Betsy DeVos é a atual secretária de Educação do governo (o que equivale a ministra no Brasil).

Um dos condenados, Nicholas Slatten, tinha recebido uma pena de prisão perpétua por ser considerado o principal responsável pelo massacre de civis. Já Dustin Heard, Evan Liberty e Paul Slough haviam sido condenados por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

Essa não deve ser a última rodada de perdões de Trump antes de sair da Casa Branca, em 20 de janeiro.