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China põe 500 mil moradores de Pequim em lockdown para reduzir expansão da covid

Pessoas com máscara em trem de Hong Kong, na China, durante a pandemia do coronavírus  - Getty Images
Pessoas com máscara em trem de Hong Kong, na China, durante a pandemia do coronavírus Imagem: Getty Images

11/01/2021 14h14Atualizada em 11/01/2021 14h34

PEQUIM, 12 JAN (ANSA) - Após a detecção de um novo foco de coronavírus Sars-CoV-2 no distrito de Shunyi, localizado na capital Pequim, a China decidiu colocar cerca de 518 mil moradores da localidade e de áreas próximas em lockdown nesta segunda-feira (11).

Os cidadãos, que equivalem a pouco menos da metade dos 1,2 milhão de residentes, devem ficar em isolamento por cerca de três dias, quando os testes em massa serão finalizados. A preocupação em isolar possíveis casos ocorre porque, nos próximos dias, começam os deslocamentos regionais por conta do Ano Novo Chinês, celebrado em 2020 em 12 de fevereiro.

Segundo o representante do governo local, Zhi Xianwei, que apresentou o plano de lockdown, os especialistas em saúde pública ainda não conseguiram identificar a causa do novo foco, mas confirmaram um caso assintomático de um motorista do aplicativo Didi, o "Uber" chinês, no domingo (10).

Com o caso confirmado ontem, Pequim registrou, ao todo, 32 transmissões comunitárias da Covid-19 desde 19 de dezembro, principalmente, no distrito de Shunyi. Os residentes já realizaram uma série de testes de detecção em massa no fim do mês passado, quando também outras seis áreas e um parque industrial foram isolados.

Por conta das festividades do Ano Novo, o feriado mais importante da China e que provoca a maior migração temporária do mundo, o governo nacional suspendeu uma série de eventos e apela para que os moradores não se desloquem para outras cidades.

Isso porque o país vem registrando uma alta na quantidade de novos contágios. Nas últimas 24 horas, inclusive, a China contabilizou 103 casos, no maior número visto nos últimos cinco meses. Conforme os dados da Comissão de Saúde, 85 foram infecções comunitárias, sendo que 82 foram em Hebei, próxima a Pequim.

As outras 18 são "importadas", ou seja, de pessoas que vieram do exterior. Dos casos, 76 são assintomáticos.

Também nessa segunda-feira, a Comissão informou que mais de um milhão de pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 em Pequim e que, até o dia 15 de janeiro, todas as pessoas dos grupos prioritários receberão a primeira dose das vacinas - que são três utilizadas atualmente, sendo duas da Sinopharm e uma da Sinovac. A meta é dar as duas doses para todos os prioritários da capital chinesa antes da festa de Ano Novo.

Primeiro país a detectar casos do novo coronavírus, a China contabiliza 96.882 contágios confirmados da doença desde o fim de dezembro de 2019 e 4.792 mortes pela doença - sendo que a primeira delas foi registrada exatamente há um ano. (ANSA).