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Agência europeia avalia liberar o uso vacina da Pfizer para adolescentes

Vacina da Pfizer / BioNTech está sendo avaliada para o uso em adolescentes - Reprodução/Twitter Paulo Câmara
Vacina da Pfizer / BioNTech está sendo avaliada para o uso em adolescentes Imagem: Reprodução/Twitter Paulo Câmara

Da ANSA, em Bruxelas

12/05/2021 10h44

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu uma coletiva nesta quarta-feira (12) em que atualizou informações sobre as vacinas anti-Covid usadas pela União Europeia e informou que está avaliando o uso da Cominarty, produzida pela Pfizer e BioNTech, em adolescentes de 12 a 15 anos.

Segundo o chefe da Estratégia de Vacinas e de Ameaças Biológicas à Saúde, Marco Cavaleri, o órgão "acelerou este procedimento" e espera que uma resposta seja dada "até o fim de maio". "A aprovação chegará logo", acrescentou.

No último dia 10, os Estados Unidos liberaram o uso do imunizante para a faixa etária de 12 a 15 anos por conta da eficiência na prevenção da covid-19 mostrada em testes de laboratório. Já na UE (União Europeia), a aplicação é feita apenas em pessoas a partir de 16 anos, conforme os primeiros estudos clínicos.

Cavaleri também foi questionado sobre a extensão do prazo para aplicação da segunda dose, já que diversos países estão prorrogando a administração do complemento para focar na imunização pela primeira dose.

"É importante destacar que nos testes clínicos, a administração estava prevista até 42 dias. Essas informações estão na bula da vacina. Isso não é um desvio em relação à recomendação. Se passarem dos 42 dias, aí sim seria um desvio", acrescentou Cavaleri.

Durante a coletiva, o chefe da força-tarefa de Manufatura e de Estudos Clínicos, Fergus Sweeney, também falou sobre o andamento do processo de análise da vacina russa Sputnik V, do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia.

Conforme destacou, as "inspeções em locais das práticas clínicas" do laboratório foram completadas recentemente na Rússia e "agora, os inspetores europeus começarão as investigações sobre as práticas da produção".

Sobre a AstraZeneca, Cavaleri alertou os países para que não abdiquem da aplicação da segunda dose da Vaxzevria por temor de algum caso raro adverso de coagulação.

"Não há indicações que a administração da segunda dose da AstraZeneca possa acrescentar o risco de eventos raros adversos ligadas à trombose. Por esse motivo, mantemos que a segunda dose deve ser usada. Ao mesmo tempo, sabemos que há países que pensam em dar uma outra dose de vacina. Há um teste clínico em andamento no Reino Unido que dará informações importantes se será o caso de andar nessa direção", acrescentou.

Por conta de eventos raros, que representam 0,0003% dos vacinados, alguns países optaram por suspender a aplicação da vacina da AstraZeneca, criada em parceria com a Universidade de Oxford. No entanto, a EMA ressalta que os benefícios do uso do imunizante superam os riscos.