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Tribunal no Egito condena 529 correligionários de Mursi à morte

24/03/2014 06h30

Um tribunal no Egito condenou nesta segunda-feira (24) 529 correligionários do ex-presidente Mohammed Mursi à pena de morte.

Morsi, líder do movimento islâmico Irmandade Muçulmana, foi o primeiro presidente eleito pelo voto livre e direto da história do Egito, após décadas de regime militar, mas acabou deposto em julho do ano passado.


As penas aos 529 condenados são por crimes variados - desde o assassinato de um policial a ataques a forças de segurança. Os condenados fazem parte de um grupo de 1,2 mil pessoas que está sendo julgado. Todos são simpatizantes de Mursi e da Irmandade Muçulmana - agremiação que voltou a ser banida no Egito.

Os réus faziam parte de um grupo de manifestantes envolvidos em confrontos com a polícia no sul do país - eles protestavam contra o desmantelamento de dois acampamentos de correligionários de Mursi que tinham sido desmantelados pela polícia no Cairo.

Os manifestantes no Cairo pediam o retorno de Mursi ao poder.

O tribunal da cidade de Minya, que fica ao sul da capital Cairo, apresentou a sentença após apenas duas sessões. Os advogados de defesa reclamaram que não tiveram oportunidade de apresentar seu caso, segundo a agência de notícias AP.

Desde julho do ano passado, as autoridades egípcias têm sido incisivas no combate aos correligionários de Mursi.

Milhares de pessoas foram presas, e centenas foram mortas.