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EUA investigam se armas lançadas pelo ar caíram em lado 'inimigo'

22/10/2014 08h40Atualizada em 22/10/2014 09h39

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos investiga se armas lançadas pelo país para combatentes curdos acabaram nas mãos do Estado Islâmico.

Um vídeo divulgado pelo grupo mostra combatentes com armas e munições semelhantes às que foram lançadas por aviões americanos.

Na segunda-feira, cerca de 27 carregamentos americanos foram lançados por aviões para milícias curdas que defendem a cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia.

Após o lançamento, uma nota informou que um dos pacotes se extraviara e que, para evitar que caísse em mãos inimigas, fora destruído. Os outros, segundo o comunicado, haviam sido entregues de forma segura.

Além do vídeo, postado por um grupo de mídia ligado ao Estado Islâmico, ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos também disseram que os militantes haviam apreendido uma das caixas.


O porta-voz do Pentágono John Kirby disse que não poderia confirmar que o vídeo era autêntico.

"É certamente o tipo de material que foi lançado ... ou seja, isso ter ocorrido não está fora do campo do possível", disse ele.

"Quando tivermos alguma coisa definitiva que possamos oferecer em termos de uma avaliação, nós vamos fazer isso", afirmou.

Batalha

Segundo Kirby, as forças curdas estão controlando a maior parte da cidade de Kobani, mas o Estado Islâmico ainda é uma ameaça.

Combatentes jihadistas lançaram um intenso ataque sobre Kobani na segunda-feira, após dois dias de relativa calma, quando os defensores da cidade pareciam ter rechaçado os militantes.

11.ago.2014 - Cidades sob controle do Estado Islâmico no Iraque e na Síria - Arte UOL - Arte UOL
Cidades sob controle do Estado Islâmico ou sob ameaça de ataques na Síria e Iraque
Imagem: Arte UOL

Kirby disse que o Estado Islâmico foi mantido à distância por uma combinação de ataques aéreos liderados pelos EUA e os esforços das forças curdas.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que 30 combatentes do Estado Islâmico e 11 defensores curdos foram mortos na terça-feira. Os pesquisadores acrescentaram que os militantes islâmicos estavam trazendo reforços.

Kobani, na fronteira com a Turquia, está sendo atacada pelo "Estado Islâmico" há semanas, com a maioria dos civis forçados a sair.

Os novos conflitos ocorrem no momento em que a Turquia disse que iria permitir que combatentes curdos iraquianos peshmerga cruzassem para a Síria para lutar contra o Estado Islâmico.

No entanto, uma autoridade curda local, Idris Nassen, disse à agência de notícias AFP não ter "nenhuma ideia" sobre quando isso poderia ocorrer.