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NY investiga extremismo islâmico em ataque com machado contra policiais

23.out.2014 - Em trecho de vídeo fornecido pelo Departamento de Polícia de Nova York, homem caminha por rua do bairro de Queens com um machado - AP
23.out.2014 - Em trecho de vídeo fornecido pelo Departamento de Polícia de Nova York, homem caminha por rua do bairro de Queens com um machado Imagem: AP

24/10/2014 13h07

A Polícia de Nova York investiga se um homem que feriu dois policiais com um machado na quinta-feira tinha ligações com algum grupo extremista islâmico.

O homem foi identificado pela imprensa americana como Zale Thompson, de 32 anos, mas sua identidade ainda não foi confirmada pelas autoridades.

O ataque ocorreu quando quatro policiais que estavam fazendo uma patrulha a pé no distrito do Queens posavam para uma fotografia a pedido de um fotógrafo frilance.

De repente, o homem com o machado se aproximou e, sem falar nada, atacou o grupo, diz uma nota da Prefeitura de Nova York.

Um policial ficou ferido no braço. O outro ficou seriamente ferido na cabeça - seu estado é crítico, mas estável. O homem que fez o ataque foi morto a tiros pela polícia no local.

Uma pessoa de 29 anos que passava por perto foi atingida por uma bala perdida e também foi levada para o hospital, mas passa bem.

Canadá e Jerusalém

O comissário William Bratton disse que a Polícia investiga o motivo do ataque e que não descarta que ele tenha que ver com terrorismo.

"Ainda é cedo para dizer sim ou não a esta questão", disse Bratton.

"Eu acho que a preocupação tem a ver com esse tipo de agressão, dado o que acabou de acontecer no Canadá e os incidentes recentes em Israel. "

O comissário se referiu ao ataque de um atirador na capital do Canadá, Ottawa, que deixou dois mortos, e um ataque em Jerusalém em que um motorista palestino lançou seu veículo contra um grupo de pedestres. Ambos aconteceram na quarta-feira.

O grupo SITE, que monitora grupos islamicos, disse que Zale Thompson postou comentários suspeitos no Facebook e no YouTube.

Neles, Thompson "apresentou um foco hiperracial em contextos religiosos e históricos, indicando, em última análise, suas tendências extremistas".

Em um comentário feito em setembro, ele publicou em um comentário que os jihadistas são "uma resposta justificável à opressão de sionistas".