Torcedores são banidos na Inglaterra por gritos homofóbicos contra árbitro
Os gritos de "veado" ou "bicha" são comuns nos estádios de futebol no Brasil. Mas, em um jogo de rúgbi, na Inglaterra, eles foram motivo de punição pesada a dois torcedores.
Em um amistoso entre Inglaterra e Nova Zelândia realizado no estádio de Twickenham, em Londres, no início do mês, um torcedor denunciou a conduta de dois outros fãs que proferiam gritos considerados homofóbicos para o árbitro da partida, Nigel Owens.
O resultado foi a punição dos dois aplicada pela Federação Inglesa de Rúgbi (RFU, na sigla em inglês), que foram banidos do estádio por dois anos e terão de pagar £1.000 (cerca de R$ 4.012) a uma instituição de caridade que o árbitro ofendido escolher.
Owens é o primeiro árbitro assumidamente gay a alcançar a elite do rúgbi, apitando jogos do mais alto nível. Ele não ouviu os insultos proferidos pelos torcedores, mas um outro fã que estava perto fez a denúncia, e a Federação investigou e definiu a punição.
"É importante acabar com isso desde já, para que não se torne um grande problema para o rúgbi no futuro", disse Owens à BBC.
O presidente da Federação Inglesa de Rúgbi, Ian Ritchie, também se pronunciou sobre o caso e disse que a entidade está disposta a combater atitudes como essa para manter os "valores do rúgbi".
"Coisas desse tipo são excepcionalmente raras, mas a Federação leva os valores de trabalho em equipe, respeito, disciplina e espírito esportivo muito a sério e está determinada a mantê-los no esporte", disse.
"Todos somos guardiões desses aspectos do jogo, dentro ou fora de campo, e são esses valores que fazem o esporte especial", completou.
Denúncia
O torcedor Keith Wilson foi quem denunciou os "abusos" dos outros dois fãs que estavam na partida. Antes de falar à Federação, ele escreveu uma carta ao jornal The Guardian dizendo que os torcedores gritaram palavras "desagradáveis, racistas, homofóbicas e abusivas" para o árbitro durante a derrota da Inglaterra para a Nova Zelândia por 24 a 21.
"Acho que o que quer que eles tenham gritado, deve ter sido algo bem pesado pesado o suficiente pra uma pessoa denunciar", disse o árbitro.
"Se eles podem prevenir isso, sim, essas pessoas têm de ser banidas do esporte e do estádio, porque não precisamos de pessoas assim no rúgbi ou em qualquer outro esporte."
Nigel Owens se tornou árbitro internacional de rúgbi em 2005 e anunciou a homossexualidade dois anos depois. Desde então, ele apitou duas Copas do Mundo de rúgbi e duas finais da tradicional Heineken Cup.
Mas, antes de assumir sua sexualidade, Owens chegou até a tentar suicídio. O árbitro também já admitiu ter pensado em desistir do esporte por causa dos comentários preconceituosos que já ouviu de torcedores e atualmente é considerado uma inspiração para a comunidade gay.
"Às vezes você pensa 'eu realmente preciso disso? Eu realmente preciso desse emprego?'. É algo que te desanima e, sinceramente, muitas vezes eu penso 'já chega!', mas você tem que se levantar e enfrentar isso", disse.
"Infelizmente, você tem algumas pessoas que vão ao estádio, ficam bêbados e que provavelmente sequer assistiram ao jogo de rúgbi, eles só estão lá para ficarem bêbados e xingarem as pessoas. Mas eles são minoria", afirmou.
O técnico de rúgbi da Inglaterra, Stuart Lancaster, elogiou a punição dada pela Federação. "Nós aplaudimos a RFU por ter investigado e punido a atitude. Precisamos entender a pressão a que essas pessoas estão submetidas e apoiar."
Em um amistoso entre Inglaterra e Nova Zelândia realizado no estádio de Twickenham, em Londres, no início do mês, um torcedor denunciou a conduta de dois outros fãs que proferiam gritos considerados homofóbicos para o árbitro da partida, Nigel Owens.
O resultado foi a punição dos dois aplicada pela Federação Inglesa de Rúgbi (RFU, na sigla em inglês), que foram banidos do estádio por dois anos e terão de pagar £1.000 (cerca de R$ 4.012) a uma instituição de caridade que o árbitro ofendido escolher.
Owens é o primeiro árbitro assumidamente gay a alcançar a elite do rúgbi, apitando jogos do mais alto nível. Ele não ouviu os insultos proferidos pelos torcedores, mas um outro fã que estava perto fez a denúncia, e a Federação investigou e definiu a punição.
"É importante acabar com isso desde já, para que não se torne um grande problema para o rúgbi no futuro", disse Owens à BBC.
O presidente da Federação Inglesa de Rúgbi, Ian Ritchie, também se pronunciou sobre o caso e disse que a entidade está disposta a combater atitudes como essa para manter os "valores do rúgbi".
"Coisas desse tipo são excepcionalmente raras, mas a Federação leva os valores de trabalho em equipe, respeito, disciplina e espírito esportivo muito a sério e está determinada a mantê-los no esporte", disse.
"Todos somos guardiões desses aspectos do jogo, dentro ou fora de campo, e são esses valores que fazem o esporte especial", completou.
Denúncia
O torcedor Keith Wilson foi quem denunciou os "abusos" dos outros dois fãs que estavam na partida. Antes de falar à Federação, ele escreveu uma carta ao jornal The Guardian dizendo que os torcedores gritaram palavras "desagradáveis, racistas, homofóbicas e abusivas" para o árbitro durante a derrota da Inglaterra para a Nova Zelândia por 24 a 21.
"Acho que o que quer que eles tenham gritado, deve ter sido algo bem pesado pesado o suficiente pra uma pessoa denunciar", disse o árbitro.
"Se eles podem prevenir isso, sim, essas pessoas têm de ser banidas do esporte e do estádio, porque não precisamos de pessoas assim no rúgbi ou em qualquer outro esporte."
Nigel Owens se tornou árbitro internacional de rúgbi em 2005 e anunciou a homossexualidade dois anos depois. Desde então, ele apitou duas Copas do Mundo de rúgbi e duas finais da tradicional Heineken Cup.
Mas, antes de assumir sua sexualidade, Owens chegou até a tentar suicídio. O árbitro também já admitiu ter pensado em desistir do esporte por causa dos comentários preconceituosos que já ouviu de torcedores e atualmente é considerado uma inspiração para a comunidade gay.
"Às vezes você pensa 'eu realmente preciso disso? Eu realmente preciso desse emprego?'. É algo que te desanima e, sinceramente, muitas vezes eu penso 'já chega!', mas você tem que se levantar e enfrentar isso", disse.
"Infelizmente, você tem algumas pessoas que vão ao estádio, ficam bêbados e que provavelmente sequer assistiram ao jogo de rúgbi, eles só estão lá para ficarem bêbados e xingarem as pessoas. Mas eles são minoria", afirmou.
O técnico de rúgbi da Inglaterra, Stuart Lancaster, elogiou a punição dada pela Federação. "Nós aplaudimos a RFU por ter investigado e punido a atitude. Precisamos entender a pressão a que essas pessoas estão submetidas e apoiar."
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