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Caso Madeleine: polícia interroga 11 pessoas 7 anos após desaparecimento

09/12/2014 11h26Atualizada em 09/12/2014 12h03

Policiais britânicos que investigam o desaparecimento, em 2007, da menina Madeleine McCann chegaram a Portugal para acompanhar o interrogatório de 11 pessoas.

É o maior número de testemunhas convocadas pelos investigadores desde 2011.

Entre eles está o britânico Robert Murat, embora ele não seja suspeito.


Murat foi a primeira pessoa a ser questionada quando Madeleine, de 3 anos, desapareceu do resort Praia da Luz, no Algarve, há sete anos.

Na época, ele chegou a processar jornais britânicos pela forma como foi retratado e conseguiu indenização.

Além de Murat e sua mulher, está previsto que a polícia interrogue outros dois britânicos e sete portugueses.

Em novembro, Murat disse à BBC: "Minha consciência está tranquila e eu não tenho nenhum problema de falar com a polícia de novo."

Alguns dos entrevistados são ex-funcionários do Ocean Club, onde os McCann estavam hospedados quando Madeleine desapareceu, disse o correspondente da BBC Christian Fraser.


Ele acrescentou que a polícia procurará por "inconsistências" com as respostas que as testemunhas deram há sete anos.

Pela lei portuguesa, se as autoridades suspeitam do envolvimento de um indivíduo em um crime mas não estão em posição para prendê-lo ou indiciá-lo, eles recebem status de "arguidos" - dando-lhes o direito de não responder a perguntas e à representação legal.

A polícia do Reino Unido forneceu mais de 250 perguntas para a polícia portuguesa fazer às 11 testemunhas.

No início deste ano, detetives de Londres voaram para o Algarve para ajudar em buscas em um matagal próximo ao resort onde Madeleine desapareceu.