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EUA oferecem recompensa de US$ 20 milhões por líderes do Estado Islâmico

Entre procurados estão supostos porta-voz, comandante de campo e líderes de homens-bomba - BBC/Departamento de Estado/Divulgação
Entre procurados estão supostos porta-voz, comandante de campo e líderes de homens-bomba Imagem: BBC/Departamento de Estado/Divulgação

06/05/2015 08h07

O governo americano está oferecendo um total de US$ 20 milhões (R$ 61 milhões) em recompensa por informações que levem a quatro supostos líderes do autoproclamado Estado Islâmico.

Os quatro foram identificados como Abdul Rahman Mustafa al-Qaduli, Abu Mohammed al-Adnani, Tarkhan Tayumurazovich Batirashvili e Tariq bin al-Tahar bin al-Falih al-Awni al-Harzi.

Eles foram colocados em uma lista de procurados do Programa Recompensas para a Justiça.

Na terça-feira, o Estado Islâmico assumiu a autoria de uma tentativa de atentado contra uma competição de caricaturas sobre o profeta Maomé no Texas no último domingo.

A organização afirmou que "dois soldados do califado" atacaram o evento no centro de conferência de Garland, perto de Dallas.

O Departamento de Estado americano ofereceu US$ 7 milhões por informações que levem a Abdul al-Qaduli, descrito como uma autoridade da cúpula do Estado Islâmico que antes pertencia às fileiras da al-Qaeda no Iraque.

Além disso, Washington ofereceu US$ 5 milhões para Adnani e Batirashvili e até US$ 3 milhões por Harzi.

Adnani foi descrito como porta-voz do EI e Batirashvili - que também é conhecido como Omar Shishani - como um comandante de operações de campo no norte da Síria.

Harzi seria o chefe dos homens-bomba do grupo.

O "Estado Islâmico" conquistou partes do território leste da Síria e do norte do Iraque e os declarou um califado. Passou então a impor na região uma dura interpretação da lei islâmica.

O Departamento de Estado disse que o grupo é responsável por abusos sistemáticos de direitos humanos, incluindo execuções em massa, estupros e assassinatos de crianças.

Zawahiri encabeça a lista

A recompensa mais alta oferecida pelo programa é de US$ 25 milhões - por Auman al-Zawahiri, que se tornou líder da Al Qaeda em junho de 2011, após a morte de Osama Bin Laden.

O governo americano também oferece até US$ 10 milhões pelo líder do "Estado Islâmico" Abu Bakr al-Baghdadi.

Na terça-feira, a organização extremista afirmou em uma rádio que a exibição em Garland estava "exibindo imagens negativas do profeta Maomé".

A organização do evento havia oferecido um prêmio de US$ 10 mil pela melhor caricatura de Maomé.

Contudo, retratar o profeta Maomé é considerado ofensivo pelos muçulmanos.

Dois extremistas foram mortos por um policial quando abriram fogo do lado de fora do evento no domingo.

Mais cedo, autoridades americanas haviam duvidado do envolvimento direto do grupo no episódio.