Incêndio criminoso mata bebê palestino e gera temor de nova onda de violência na Cisjordânia
Um bebê palestino foi queimado vivo durante um incêndio criminoso supostamente realizado por colonos judeus em um vilarejo na Cisjordânia, informou a polícia israelense.
Ali Saad Dawabsha, de 1 ano e meio, foi morto na casa de sua família em Duma. O ataque ocorreu durante a noite. Os pais e o irmão dele, de quatro anos, também ficaram feridos durante o incidente.
Os responsáveis pelo ataque picharam a palavra "vingança" em hebraico em uma das duas casas que foram atacadas.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, chamou o ataque de "repreensível e terrível".
"Isso é um ato de terrorismo. O Estado de Israel condena o terrorismo independente dos perpetradores", afirmou o premiê israelense em sua conta no Twitter.
No entanto, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que controla a Cisjordânia, afirmou que o governo de Israel é "totalmente responsável pelo assassinato brutal" do menino.
"Essa é uma consequência direta de décadas de impunidade dada pelo governo israelense para colonos terroristas", afirmou a organização.
Ali Saad Dawabsha morreu na hora. A mãe, Reham, o pai, Saad, e o irmão, Ahmad, foram encaminhados para um hospital em Nablus.
Por meio de um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram: "A investigação preliminar sugere que os suspeitos entraram no vilarejo nas primeiras horas da manhã, incendiaram as casas e picharam frases em hebraico nelas".
"As Forças de Defesa de Israel estão operando de forma a localizar os suspeitos desse ataque".
A polícia diz acreditar que o ataque tenha motivações nacionalistas.
O último ataque parece fazer parte da série de atos de vandalismo ou incêndio por extremistas judeus como forma de vingança por ações e ataques contra assentamentos judeus ou postos avançados não autorizados na Cisjordânia.
Cerca de 500 mil judeus moram em mais de 100 assentamentos construídos desde a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental em 1967. Os assentamentos são considerados ilegais segundo as leis internacionais.
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