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Os países que podem detonar uma bomba nuclear

09/08/2015 15h46

A primeira bomba atômica da história foi lançada há 70 anos, em um ato de guerra, matando cerca de 70 mil pessoas em Hiroshima, no Japão.

O bombardeio em 1945 por um avião de guerra norte-americano, e um segundo em Nagasaki, três dias depois, são apontados como responsáveis pelo fim da 2ª Guerra Mundial.

Não houve mais atos semelhantes desde então, mas há países que possuem bombas prontas para o uso, caso necessário.

Os donos do arsenal nuclear

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) são aqueles que oficialmente possuem armas nucleares.

São eles: Reino Unido, Rússia, EUA, China e França.

No Reino Unido, o atual sistema militar de armas nucleares, chamado Trident, é alvo frequente de críticas de políticos pelo alto custo de manutenção e pelo caráter supostamente desnecessário dentro da missão de preservar a paz mundial.

Mas o governo do Partido Conservador defende que o Trident permite ao Reino Unido ter voz nas principais mesas da comunidade internacional e serve como último recurso para evitar uma guerra extrema.

Porém, existem ainda quatro países que não são reconhecidos como "Estados Nucleares".

A Índia conduziu um teste bem-sucedido com armas nucleares em 1974, embora tenha uma política de "não usar primeiro" e de só agir em eventual necessidade de retaliação.

Quando o país se aproximou de conseguir produzir sua bomba, o vizinho Paquistão iniciou seu próprio projeto, por causa das tensões entre ambos.

Como se trata do único país muçulmano com capacidades nucleares, alguns classificam o potencial paquistanês como "a bomba islâmica".

A Coreia do Norte já foi alvo de forte reprovação por seus sucessivos testes nucleares. O país, no entanto, não tem a tecnologia para montar uma ogiva nuclear em um míssil de longo alcance.

Acredita-se que Israel tenha armas nucleares desde 1966, mas o país nunca reconheceu essa posse.

Por mais de dez anos, o Conselho de Segurança da ONU manifesta preocupação com o possível desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã, embora mediante acordo recente o país tenha se comprometido a "limitar de forma significativa suas atividades nucleares mais sensíveis".

O Irã sempre argumentou que seus testes nucleares não têm fins bélicos, mas para aplicações em energia, como fazem países como Japão e Alemanha, visando evitar a dependência de reservas decrescentes de petróleo.

Em 6 de agosto de 1945, estima-se que 70 mil pessoas tenham morrido no bombardeio de Hiroshima.

E muito mais pessoas morreram em decorrência de terríveis ferimentos causados pela radiação, semanas e meses depois.

A estimativa é que o número combinado de mortes em decorrência desse bombardeio, e o de Nagasaki dias depois, tenha superado 140 mil.

Na última quinta-feira, japoneses de todo o país observaram um minuto de silêncio para marcar o 70º aniversário da tragédia.

Em Hiroshima, um sino soou às 8h15 --horário em que a aeronave americana B-29 Enola Gay lançou a bomba que arrasou a cidade.